Após uma noite de negociações, quase 200 países assinaram no último sábado (15), em Kigali, capital de Ruanda, um acordo que visa à redução progressiva dos hidrofluorocarbonos (HFCs), um dos gases do efeito estufa considerados muito nocivos para o clima.
O governo brasileiro, durante as negociações da 28ª Reunião das Partes do Protocolo de Montreal sobre Substâncias que Destroem a Camada de Ozônio (MOP-28), buscou sempre o compromisso para redução de gases com potencial de aquecimento global.
Juridicamente vinculante, o acordo de Kigali supõe um passo importante na luta contra o aquecimento climático e permite dar um sinal positivo a menos de um mês da próxima grande conferência anual sobre o clima, a COP 22, em Marrakesh, no Marrocos.
Cronograma
O calendário adotado na Reunião prevê que um primeiro grupo de países, os chamados desenvolvidos, reduza sua produção e consumo de HFC em 10% antes do final de 2019 em relação aos níveis de 2011-2013, e 85% antes de 2036.
Um segundo grupo de países em vias de desenvolvimento, entre eles o Brasil, a China – o maior produtor mundial de HFC – e os africanos, se comprometeu a iniciar sua transição em 2024. Deverão alcançar uma redução de 10% em relação aos níveis de 2020-2022 para 2029 e de 80% para 2045.
Um terceiro grupo de países em desenvolvimento, incluindo Índia, Paquistão, Irã, Iraque, e os países do Golfo, não começará, por sua parte, até 2028, para chegar a uma redução de 10% em relação ao período 2024-2026 em 2032 e de 85% em 2047.
Fonte: AFP- G1