Ações para redução do HCFC-22 ganha forte apoio de supermercados do RS

O Programa Brasileiro de Eliminação dos HCFCs (PBH) conduzido pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA) com apoio da Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ) GmbH e da Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS) recebeu forte apoio dos supermercados do Rio Grande do Sul, por meio das consistentes ações da Associação Gaúcha de Supermercados (AGAS). A redução do HCFC-22, os avanços e a parceria com redes gaúchas foi tema de seminário na Expoagas 2016, evento ocorrido em Porto Alegre-RS.

Com o nome “Boas Práticas em Refrigeração: as Novas Tendências e Adequações”, o seminário da Expoagas, realizado na tarde do dia 24/8, abordou dois importantes cases de empresas supermercadistas gaúchas, as redes Asun e Unisuper, que apresentaram os resultados do projeto-piloto de utilização do Sistema Pró-Ozônio, disponibilizado por meio do Programa Brasileiro de Eliminação dos HCFCs (PBH).

Trata-se de um sistema (www.ozoniohcfc.com.br) que está sendo disponibilizado a todo o setor supermercadista, que tem aplicação gratuita e interativa para administração e documentação do consumo de HCFCs nas atividades de manutenção de equipamentos de refrigeração e instalações de ar condicionado.

Como comentou Valdeci Pressi, gerente administrativo do Asun, em sua palestra, foi grande o aprendizado em ser uma das duas primeiras redes a testar essa nova ferramenta, que provou ser muito útil para apoiar e estimular a manutenção preventiva; reduzir perdas financeiras e ampliar a eficiência do pessoal envolvido (operação e manutenção), além de aumentar a consciência ambiental de todos os envolvidos com refrigeração na empresa.

“Já estamos utilizando esse sistema em cinco das nossas lojas e vamos implementá-lo em todas as outras, porque os ganhos são mensuráveis”, disse Pressi aos supermercadistas participantes do seminário.

Entre as vantagens de utilização desse sistema, que é gratuito, estão:


• Informações consolidadas;
• Qualquer gestor tem acesso à informação;
• Análise mais precisa em peças e acessórios utilizados; 
• Redução de riscos de parada e perecimento de mercadorias. 
• Utilização das informações para tomada de decisão;
• Facilidade na utilização do software, que é gratuito.


O representante da empresa Unisuper, o supervisor Paulo Roberto dos Santos, ressaltou em sua abordagem para os colegas supermercadistas que além da facilidade de utilização do sistema, sua segurança foi muito bem comprovada. “Nosso pessoal, com apoio da empresa que nos auxilia, a Herman, utilizou com facilidade o sistema, que tem uma grande qualidade, e segurança dos dados, que só podem ser acessados por meio de senha. Mesmo a Herman só acessa os dados que autorizamos”, disse. “Estamos orgulhosos em fazer parte deste projeto-piloto que visa dar mais qualidade ao meio ambiente”, destacou Santos. A Unisuper também já está utilizando o sistema com sucesso em cinco lojas.

Parceria 


Além das redes gaúchas, foram palestrantes do seminário os representantes do Ministério do Meio Ambiente, GIZ e ABRAS. O representante do Ministério do Meio Ambiente, o analista ambiental Frank Amorim, abordou em sua palestra os trabalhos do governo para atender ao Protocolo de Montreal que visa a proteção da camada de ozônio do planeta, ressaltando a importância dos supermercados estarem mobilizados para reduzir vazamentos do HCFC-22 na atmosfera.

“O volume médio de vazamento anual de HCFC no Brasil corresponde a 102% em relação à carga de gás instalada”, disse Amorim, ressaltando que “aproximadamente 40% do consumo total de HCFC-22 no Brasil ocorre nos equipamentos de refrigeração dos supermercados”, daí a responsabilidade do setor melhorar a eficiência da manutenção nas lojas e evitar esses vazamentos.

Já a consultora da GIZ, Stefanie von Heinemann, falou dos resultados da primeira fase do Programa PBH iniciado em 2013, que previa o treinamento de 4.800 técnicos em refrigeração, dos quais 4.673 já estão capacitados em várias cidades do País. “Aqui em Porto Alegre temos esses cursos sendo executados pelo Senai/Senac e ainda temos vagas, e para a segunda fase do PBH (2017/2018), mais cursos gratuitos serão disponibilizados ao setor supermercadista”, adiantou.

Marcos Manea, gerente da ABRAS, ressaltou em sua palestra, a forte parceria com o MMA e a GIZ, para reduzir o uso do HCFC-22. “Devemos olhar a área de manutenção dos equipamentos refrigerados com foco na prevenção de perdas, no aumento da eficiência e na segurança do meio ambiente”, disse. Neste aspecto, Manea destacou a importância do investimento em pessoas, na qualidade e eficiência dos técnicos de manutenção, que com apoio de tecnologia, podem desenvolver uma rotina contínua de melhoria dos sistemas de refrigeração.

Leia mais sobre a redução dos HCFC no Brasil em: www.mma.gov.br/ozoniowww.boaspraticasrefrigeracao.com.br e visite a fanpage: Camada de Ozônio, Clima e Refrigeração no Brasil.

Fonte: Redação Portal ABRAS

Expoagas 2016 recebe formatura do curso de Boas Práticas em Refrigeração

Bem informados e mais conscientes da importância da boa manutenção dos sistemas de refrigeração, em prol das empresas, da sociedade e do meio ambiente, 38 alunos, das redes Asun e Unisuper, foram certificados, durante a Expoagas 2016, nos cursos de Boas Práticas em Refrigeração. Esses cursos são implementados pelo governo brasileiro, por meio do Ministério do Meio Ambiente (MMA), com apoio da Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ) GmbH e da Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS).

A cerimônia de certificação que incluiu gerentes, supervisores e técnicos de manutenção, que realizaram o curso, ocorreu no final do segundo dia da 35ª Convenção Gaúcha de Supermercados – Expoagas 2016, na quarta-feira 24.8, após seminário sobre o tema.

“O governo brasileiro está trabalhando para que o Brasil cumpra com os compromissos estabelecidos pelo Protocolo de Montreal, por meio da implementação de ações que visam a redução dos fluidos frigoríficos que agridem a camada de ozônio, os HCFCs. O empenho dos supermercadistas e a dedicação desses alunos, hoje formados (entre mais de 4 mil em todo o Brasil), é fundamental para que atinjamos, juntos, nossas metas, que acima de tudo visam um futuro melhor para a humanidade”, disse Magna Luduvice, Gerente de Proteção da Camada de Ozônio do Ministério do Meio Ambiente.

Os cursos de Boas Práticas em Refrigeração foram promovidos no Estado graças à parceria com o Senai e o Senac, e com apoio da Associação Gaúcha de Supermercados (Agas). “Precisamos de um varejo com mais qualidade e segurança. Com certeza, o conhecimento que foi adquirido irá acrescentar muito ao setor para aprimorar o serviço prestado”, afirmou o presidente da Agas, Antônio Cesa Longo.

Mais conscientização


O gerente da Abras, que representou a entidade nacional na cerimônia de certificação, Marcos Manea, agradeceu ao empenho do presidente Antônio Longo e de toda a equipe da Agas, que apoiam fortemente a iniciativa da Abras de divulgação desses cursos, por meio da parceria com o MMA e a GIZ. “Meu agradecimento especial é para todos os alunos do curso, pelo empenho e dedicação. Aproveitem esse conhecimento recebido não só para o seu trabalho, nas empresas, mas para a vida, porque vai valorizar muito o futuro de todos vocês”, disse Manea, incentivado novos aprendizados.

Os técnicos que fizeram o curso demonstraram que se sentem responsáveis por multiplicar o conhecimento que receberam. “O curso é excelente. Ele nos deu mais consciência ambiental das atitudes que tomamos. Temos de evitar de qualquer forma os vazamentos do fluído HCFC-22 nas lojas. Não só pela questão econômica, de redução de custos, mas pensando em nossos filhos, em garantir o futuro deles nesse planeta”, afirmou Gilmar Souza Ferreira, gerente do Unisuper, que fez o curso para poder melhorar a gestão da sua loja na área.

Da mesma forma o técnico em refrigeração Vagner Scheidt, auxiliar de manutenção da rede Asun, ressaltou o aprendizado no curso. “Além desses cursos, estou realizando outro, de manutenção de equipamentos na Aeronáutica, e percebo que hoje, nós técnicos, temos de estar muito mais atentos ao que fazemos para evitar danos ao meio ambiente. Essa consciência é muito importante, temos de cuidar não só dos equipamentos, mas de vidas, das nossas famílias e dos outros. Essa consciência é fundamental”, afirmou.

Mais competitividade

O diretor Regional do Senai-RS, Carlos Trein, ressaltou a criação e estruturação do projeto: “Trabalhamos há muito tempo para criarmos programas como este com o objetivo de elevar o nível de competitividade da indústria”. O diretor Regional do Senac-RS, José Paulo da Rosa, frisou a importância da qualificação dos profissionais. “A interação entre as instituições foi um fator fundamental para gerar conhecimento dos técnicos em refrigeração supermercadista”, completou.

A iniciativa ofereceu aos participantes a certificação de participação emitida pelo Senai, e o registro no Cadastro Técnico Federal (CTF) do Ibama, órgão vinculado ao Ministério do Meio Ambiente, que coordena todos os trabalhos.

Mais informações sobre os cursos entre em contato com cursos@agas.com.br e veja como se inscrever em: www.boaspraticasrefrigeracao.com.br

Redação Portal ABRAS

Grupo de Trabalho aprova proposta para redução dos HFCs

Com a eliminação dos HCFCs já bem encaminhada, agora o mundo se volta à redução dos HFCs, para maior proteção do sistema climático global. Com esse objetivo, o Ministério do Meio Ambiente (MMA) coordenou ontem, 8/9, em São Paulo, reunião para aprovação da proposta brasileira para redução do consumo dos HFCs (R-404A, R134a, R-410a  e outros), que será apresentada na  28ª Reunião das Partes do Protocolo de Montreal, a ser realizada em outubro, em Kigali, Ruanda.

Durante a 13ª Reunião do Grupo de Trabalho GT–HCFCs, do qual a ABRAS faz parte, Magna Luduvice, gerente de Proteção da Camada de Ozônio do MMA, apresentou a proposta brasileira que prevê o Congelamento do consumo desses gases em 2025.  Após esclarecimentos e debates com representantes de várias entidades membros do GT HCFC, a proposta brasileira foi aprovada e, portanto, deverá concorrer com propostas de outros países em Kigali (veja imagem). “O Brasil tem posicionamento proativo nessas negociações, com posição muito relevante”, afirmou Rafael da Soler, terceiro secretário do Ministério das Relações Exteriores (MRE) e diplomata do governo brasileiro na reunião mundial.

Cenário internacional

Os 197 países partes do Protocolo de Montreal sobre Substâncias que Destroem a Camada de Ozônio lançaram  as bases para uma emenda ao Protocolo de Montreal  em 2016 para reduzir progressivamente os hidrofluorcarbonetos (HFC), durante as suas reuniões realizadas em Viena, Áustria, de 15 a 23 de julho.

De acordo com a informação científica, por meio de redução dos HFCs pode-se  evitar 0,4 ° C de aquecimento global até o final do século.  Com isso, os países querem limitar o aumento da temperatura global até 2100 a 2°C, em relação aos níveis pré-indústria.

Este assunto é tão importante que no próximo dia 16 de setembro será comemorado no mundo todo o Dia Internacional para a Preservação da Camada de Ozônio, cujo tema deste ano é: “Ozônio e Clima: restauração por um mundo unido”. Em 16 de setembro de 1987 foi assinado o Protocolo de Montreal.

Mais informações:

http://www.mma.gov.br/clima/protecao-da-camada-de-ozonio/programa-brasileiro-de-eliminacao-dos-hcfcs/grupo-de-trabalho-gthcfcs
http://ozone.unep.org/

7ª Semana Tecnológica SENAI de Refrigeração e Climatização

De 28 de setembro a 1º de outubro o Governo Federal, por meio do Ministério do Meio Ambiente (MMA), e a Escola SENAI “Oscar Rodrigues Alves”, com o apoio do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) Brasil e da Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ) GmbH, realizarão a 7ª Semana Tecnológica SENAI de Refrigeração e Climatização.

O evento tem o objetivo de apresentar as técnicas e os cuidados no manuseio, acondicionamento, transporte e destinação de fluidos frigoríficos (refrigerantes) utilizados na área de Refrigeração e Climatização, além de reforçar o relacionamento entre empresas, colaboradores e fabricantes e o desenvolvimento profissional nessa área.

A programação, gratuita, é direcionada a estudantes das redes pública e particular de ensino, técnicos, empresários, profissionais liberais, entidades de ensino e profissionais do setor. Estima-se a participação de 3 mil pessoas.

Durante os quatro dias de atividades serão ministradas cerca de 30 palestras e haverá exposição de equipamentos. Os painéis têm como foco o tema segurança e abordarão o ciclo de vida dos fluidos refrigerantes, como origem e fabricação; envase, transporte e estocagem; manuseio pelo técnico; acidentes; recolher, reciclar e regenerar (3Rs); e o descarte e destruição. Ao término das palestras diárias haverá debates sobre os temas apresentados pelos participantes.

A 7ª Semana Tecnológica terá como apoiadores o Sindicato das Indústrias de Refrigeração, Aquecimento e Tratamento de Ar no Estado de São Paulo (SINDRATAR-SP), a Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento (ABRAVA), a Associação Sul Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Aquecimento e Ventilação (ASBRAV), a Associação Nacional dos Profissionais de Refrigeração e Ar Condicionado (ANPRAC), a Sociedade Brasileira de Controle de Contaminação (SBCC), a American Society of Heating, Refrigerating, and Air-Conditioning Engineers (ASHRAE Brasil), a Sheet Metal & Air Conditioning Contractors National Association (SMACNA), o site técnico Ambiente Gelado e diversas empresas da área de Refrigeração e Climatização.

Confira a agenda de palestras técnicas do evento

Inscrições:

Os interessados em participar das palestras técnicas deverão encaminhar e.mail para noemi.elias@sp.senai.br, indicando:

  • Nome completo:
  • Telefone de contato:
  • E.mail profissional ou pessoal:
  • Data(s) escolhida(s) para participação:
  • Empresa que trabalha (se for o caso).

Agende-se!!!!!!!!

Entidades realizadoras e apoiadoras do evento

2ª Etapa do Programa Brasileiro de Eliminação dos HCFCs (PBH) é lançada no Dia Internacional para Preservação da Camada de Ozônio

Durante as comemorações do Dia Internacional para a Preservação da Camada de Ozônio e das ações implementadas no Brasil no âmbito do Protocolo de Montreal, na última sexta-feira, 16/9, o Ministério do Meio Ambiente (MMA) lançou em Brasília a segunda etapa do Programa Brasileiro de Eliminação dos HCFCs (PBH). Essa segunda etapa visa a eliminação gradual de substâncias que destroem a camada de ozônio e que contribuem para o aquecimento global, com atuação nos segmentos industriais e comerciais de refrigeração e ar condicionado e também no setor de espumas.

Na mesa de abertura do evento estavam presentes o secretário de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental do MMA,  Everton Lucero; o terceiro secretário do Ministério das Relações Exteriores (MRE), Rafael da Soler; o ministro para Assuntos Econômicos e Temas Globais da Embaixada da República Federal da Alemanha, Rainer Münzel;  o diretor de País do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD),  Didier Trebucq; e o gestor Nacional da Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (UNIDO),  Clóvis Zapata.

O evento contou com a presença de representantes de organismos nacionais e internacionais, de entidades parceiras do PBH, como a Cooperação Alemã para o Desenvolvimento Sustentável (GIZ) e a Associação Brasileira de Supermercados (Abras), além de empresários e membros da sociedade em geral.

Meta PBH

“A meta brasileira é ambiciosa e esperamos repetir o sucesso alcançado na primeira etapa do PBH, que reduziu em 22%, enquanto o previsto era 16,6%”, disse o secretário de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental do MMA, Everton Lucero. Nos próximos cinco anos, serão investidos cerca de 35,9 milhões de dólares, em recursos aprovados pelo Fundo Multilateral para Implementação do Protocolo de Montreal, para a conversão de processos industriais que utilizam os HCFCs nos setores de manufatura de espumas de poliuretano e de equipamentos de refrigeração e ar condicionado e para a capacitação do setor de serviços em refrigeração.

Já o ministro para assuntos econômicos e temas globais da embaixada da República Federal da Alemanha, Rainer Münzel, enfatizou em seu discurso a cooperação bilateral entre o Brasil e a Alemanha e os 15 anos de implementação conjunta do Protocolo de Montreal no Brasil. “Somos parceiros para o desenvolvimento sustentável. O Protocolo de Montreal é um dos maiores exemplos de sucesso de acordo multilateral global”, afirmou.

O diretor de país do PNUD Brasil, Didier Trebucq, enfatizou em sua fala de abertura que há quase três décadas o PNUD trabalha em cooperação com o Governo Brasileiro para cumprimento dos compromissos junto ao Protocolo de Montreal. “Essa cooperação possibilitou a eliminação de 17 mil toneladas de substâncias com potencial de destruição da camada de ozônio e de aquecimento global”, disse.

O representante-adjunto da UNIDO no Brasil, Clóvis Zapata, falou da importância do Protocolo de Montreal: “O acordo do Protocolo é um dos mais bem-sucedidos, ele conseguiu realmente reduzir o impacto sobre a camada de ozônio”, ressaltou.  Para isso, foi preciso cooperação internacional entre os 197 países parte do Protocolo de Montreal. “Além do êxito internacional, temos que ressaltar o trabalho do Brasil no plano nacional de implementação do tratado”, complementou o terceiro secretário do MRE do Brasil, Rafael da Soler.

Homenagem

Como reconhecimento da importância do setor privado para a implementação das iniciativas do Protocolo de Montreal no Brasil,  o MMA entregou placas comemorativas para as empresas beneficiadas pelo Programa Brasileiro de Eliminação dos HCFCs (PBH) e que realizaram a conversão dos HCFCs e de outros gases danosos à camada de ozônio.

Entre os homenageados do setor de serviços estavam as redes supermercadistas Unisuper e Asun, ambas do Rio Grande do Sul, que incentivaram o uso do sistema de documentação online Pró-Ozônio e a participação de seus técnicos nos cursos de Boas Práticas em Refrigeração Comercial, implementados pela GIZ, sob coordenação do MMA e em cooperação com o Senai e o Instituto Federal. A placa comemorativa foi entregue aos supermercadistas por Everton Lucero e Lena Bretas, primeira secretária da Embaixada da República Federal da Alemanha, como reconhecimento aos esforços para a redução dos vazamentos dos HCFCs em seus sistemas de refrigeração.

A primeira etapa do PBH estabelecia redução de 16,6% do consumo da substância em comparação aos índices de 2009 e 2010, meta cumprida no prazo estabelecido, em 2015. Já a segunda etapa, lançada agora, vai de 2017 a 2021, com redução prevista de 35%. Está prevista ainda redução de 67,5%, em 2025, 97,5% em 2030 e eliminação total em 2040.

Gestão dos HFCs

O tema do Dia Internacional para a Preservação da Camada de Ozônio neste ano é “Trabalhando para a gestão dos HFCs, gases de efeito estufa, no âmbito do Protocolo de Montreal”, reconhecendo assim os esforços coletivos da Convenção de Viena e do Protocolo de Montreal para a restauração da camada de ozônio nas últimas três décadas e o compromisso global para combater a mudança global do clima.

Os HFCs não são substâncias que destroem a camada de ozônio, mas são gases de efeito estufa e, portanto, influenciam no aquecimento global. Por serem o principal substituto aos HCFCs, o consumo dos HFCs tem crescido de forma acelerada na substituição e eliminação dos HCFCs. Dessa forma, os países partes do Protocolo de Montreal estão discutindo a inclusão do controle dessa substância pelo Protocolo.

“Nossa perspectiva é a adoção de emenda para redução dos HFCs na reunião das partes do Protocolo de Montreal, que acontece em Ruanda em outubro deste ano”, afirmou o secretário do MRE. “Já se definiu que os países em desenvolvimento terão acesso aos recursos do Fundo Multilateral para implementar os projetos de redução dos HFCs. Em termos de estrutura do compromisso, é algo que temos muito parecido com o processo de eliminação dos HCFCs”, completou.

No caso dos HFCs, as partes do Protocolo de Montreal não trabalharão na eliminação, mas na redução do consumo e produção. “Ainda não temos substituição da substância em todos os setores. Estima-se que será mantido cerca de 15 % do uso dos HFCs”, concluiu o especialista.

Fonte: MMA (ASCOM) com informações da GIZ e do PNUD

GPA, maior rede do País, promove workshop sobre fluidos refrigerantes no varejo

O GPA, maior empresa do setor supermercadista brasileiro, conforme pesquisa Ranking ABRAS 2016, realiza no próximo dia 20/10, a partir das 8h30, na sede da Via Varejo, em São Caetano do Sul, o workshop “Gases Refrigerantes no Varejo”.  O evento trará palestras sobre as tendências de mercado para os próximos anos, que serão ministradas por importantes especialistas em sustentabilidade e refrigeração.

O workshop contará ainda com painéis que apresentarão inciativas de destaque de varejistas brasileiros, além de mesas de discussão e trabalho sobre temas relacionados a novas alternativas de fluidos refrigerantes e sobre os desafios atuais da refrigeração para varejistas e fornecedores.

De acordo com os organizadores, para participar do evento é necessário fazer inscrição prévia. As vagas são limitadas.  Para mais informações entre em contato pelo e-mail sustentabilidade@gpa.com

Apoiam a realização deste evento o Ministério do Meio Ambiente (MMA), a Cooperação Alemã para o Desenvolvimento Sustentável – GIZ (Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit – GIZ – GmbH), a Organizações das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial  (UNIDO), a Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS) e a Associação Paulista de Supermercados (APAS).

Serviço

Workshop Gases Refrigerantes no Varejo

Data: 20/10 – quinta-feira

Local: Sede da Via Varejo – Rua João pessoa, 93 – Centro – São Caetano do Sul – SP

Horário: 8h30 às 18h

7ª SEMANA TECNOLÓGICA SENAI ABORDA ELIMINAÇÃO DOS HCFCS

A 7ª Semana Tecnológica SENAI de Refrigeração e Climatização ocorreu com sucesso de 28 de setembro até hoje, 1 de outubro, na Escola SENAI Oscar Rodrigues Alves, em São Paulo. Entre os destaques nos temas desta edição do evento, estavam os cuidados e as técnicas utilizadas na segurança, no manuseio, acondicionamento, transporte e destinação de fluidos frigoríficos (refrigerantes), principalmente visando todo o processo de eliminação dos HCFCs em curso no País.

Ao todo cerca de 3 mil profissionais (entre alunos e técnicos da área) puderam participar dos quatro dias do evento, composto por palestras de renomados especialistas e por uma área de exposição de equipamentos.

O objetivo da Semana Tecnológica foi ampliar o relacionamento entre técnicos/alunos, empresas, especialistas da área e fabricantes, com foco no desenvolvimento profissional da área de refrigeração e climatização, como explicou seu diretor Eduardo Macedo Ferraz e Souza durante a abertura do evento.

“Observamos hoje uma quebra de paradigma, com nosso setor influenciando diretamente na preservação da camada de ozônio e na diminuição do aquecimento global. Isso ocorre pelo forte investimento em novas tecnologias, novos equipamentos e na utilização de diversos tipos de fluidos refrigerantes, naturais e sintéticos”, disse Souza.

O diretor do SENAI destacou que o profissional da área está cada vez mais atento às características do fluido, como a flamabilidade, a toxidade, a composição, o potencial de destruição da camada de ozônio (PDO) e do aquecimento global (GWP), além de se preocupar com a eficiência energética do sistema.  

A gerente de Proteção da Camada de Ozônio do Ministério do Meio Ambiente, Magna Luduvice, uma das autoridades presentes na abertura do evento, concordou com o diretor do SENAI, enfatizando em seu discurso a importância do bom trabalho dos técnicos em refrigeração e climatização para a efetivação do Programa Brasileiro de Eliminação dos HCFCs (PBH).

A gerente agradeceu em especial o trabalho da Escola SENAI Oscar Rodrigues Alves, que formou este ano mais de 900 alunos nos Cursos de Boas Práticas em Refrigeração, promovidos pelo ministério e implementados pela Cooperação Alemã para o Desenvolvimento Sustentável – GIZ (no ano a escola forma cerca de 5.500 alunos em todos os seus cursos). 

Mais conhecimento

A programação, gratuita, que incluiu 30 palestras, foi direcionada a estudantes das redes pública e particular de ensino, técnicos, empresários, profissionais liberais, entidades de ensino e profissionais do setor.

Os painéis, sempre seguidos de debates, focaram nos temas segurança e o ciclo de vida dos fluidos refrigerantes, como origem e fabricação; envase, transporte e estocagem; manuseio pelo técnico; acidentes; recolher, reciclar e regenerar (3Rs); e o descarte e destruição.

O evento foi realizado pelo Governo Federal, por meio do Ministério do Meio Ambiente (MMA), e a Escola SENAI Oscar Rodrigues Alves, com o apoio do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) Brasil e da Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ) GmbH, implementadora dos cursos de boas práticas em todo o Brasil.

Além disso, contou também com o apoio do setor empresarial,  por meio do  Sindicato das Indústrias de Refrigeração, Aquecimento e Tratamento de Ar no Estado de São Paulo (SINDRATAR-SP), da Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento (ABRAVA), da Associação Sul Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Aquecimento e Ventilação (ASBRAV), da Associação Nacional dos Profissionais de Refrigeração e Ar Condicionado (ANPRAC), da Sociedade Brasileira de Controle de Contaminação (SBCC), da American Society of Heating, Refrigerating, and Air-Conditioning Engineers (ASHRAE Brasil), da Sheet Metal & Air Conditioning Contractors National Association (SMACNA), do site técnico Ambiente Gelado e diversas empresas da área de refrigeração e climatização.

Veja mais em: https://refrigeracao.sp.senai.br/

Redução do consumo dos HFCs será defendida pelo Brasil

O governo brasileiro buscará compromisso para redução de gases com potencial de aquecimento global durante a 28ª Reunião das Partes do Protocolo de Montreal sobre Substâncias que Destroem a Camada de Ozônio (MOP-28), que ocorrerá em Kigali, capital de Ruanda, de 10 a 14 de outubro.

O objetivo do País é conseguir a aprovação de uma emenda para reduzir o consumo dos hidrofluorcarbonos (os HFCs), que não são substâncias que destroem a camada de ozônio, mas são gases de efeito estufa e, portanto, influenciam no aquecimento global.

Por serem o principal substituto aos HCFCs (que devem ser eliminados até 2040), o consumo dos HFCs tem crescido de forma acelerada na substituição dos HCFCs. Dessa forma, os países partes do Protocolo de Montreal estão discutindo a inclusão do controle dessa substância pelo Protocolo.

Conforme divulgado pelo próprio Ministério do Meio Ambiente (MMA), “o governo brasileiro defende que a emenda ao Protocolo de Montreal a ser negociada em Kigali tenha um compromisso ambicioso de redução da produção e do consumo dos HFCs por todos os países, assegure benefícios ambientais e ao sistema climático e possa ser implementado de modo factível e sustentável, sobretudo nos países em desenvolvimento”.

O Brasil também defende que o acordo “preveja recursos adicionais para o Fundo Multilateral para a Implementação do Protocolo de Montreal, que permitam financiar as ações necessárias nos países em desenvolvimento para cumprir os novos compromissos, fortalecendo a exitosa parceria entre governos, agências implementadoras e setor privado”.

A emenda sobre HFCs, que será negociada nessa reunião, deverá contribuir para a implementação do Acordo de Paris sobre mudança do clima e para o Brasil atingir a meta prevista de redução das emissões de gases de efeito estufa em 37% em 2025, com base nos níveis de 2005.
 

Fonte: Assessoria de Comunicação Social (Ascom/MMA)

Acordo sobre redução progressiva de HFCs é adotado em Ruanda

Após uma noite de negociações, quase 200 países assinaram no último sábado (15), em Kigali, capital de Ruanda, um acordo que visa à redução progressiva dos hidrofluorocarbonos (HFCs), um dos gases do efeito estufa considerados muito nocivos para o clima.

O governo brasileiro, durante as negociações da 28ª Reunião das Partes do Protocolo de Montreal sobre Substâncias que Destroem a Camada de Ozônio (MOP-28), buscou sempre o compromisso para redução de gases com potencial de aquecimento global.

Juridicamente vinculante, o acordo de Kigali supõe um passo importante na luta contra o aquecimento climático e permite dar um sinal positivo a menos de um mês da próxima grande conferência anual sobre o clima, a COP 22, em Marrakesh, no Marrocos.

Cronograma


O calendário adotado na Reunião prevê que um primeiro grupo de países, os chamados desenvolvidos, reduza sua produção e consumo de HFC em 10% antes do final de 2019 em relação aos níveis de 2011-2013, e 85% antes de 2036.

Um segundo grupo de países em vias de desenvolvimento, entre eles o Brasil, a China – o maior produtor mundial de HFC – e os africanos, se comprometeu a iniciar sua transição em 2024. Deverão alcançar uma redução de 10% em relação aos níveis de 2020-2022 para 2029 e de 80% para 2045.

Um terceiro grupo de países em desenvolvimento, incluindo Índia, Paquistão, Irã, Iraque,  e os países do Golfo, não começará, por sua parte, até 2028, para chegar a uma redução de 10% em relação ao período 2024-2026 em 2032 e de 85% em 2047.

Fonte: AFP- G1

Estratégias sobre fluídos refrigerantes são debatidas por supermercadistas

Representantes de redes supermercadistas como GPA, Coop, Zaffari e São Vicente e players da cadeia de refrigeração debateram durante todo o dia de ontem (20/10), no Workshop Gases Refrigerantes no Varejo, as melhores alternativas futuras em fluídos refrigerantes. Entre as alternativas, os fluidos naturais, especialmente o CO2, foram apontados por unanimidade como a melhor opção atual e futura para o setor, apesar dos desafios referentes ao alto custo de investimento inicial e à falta de mão de obra capacitada no País.

Os primeiros palestrantes a falarem foram os representantes do Ministério do Meio Ambiente: Frank Amorin e Magna Luduvice, que trataram sobre a evolução do Programa Brasileiro de Eliminação dos HCFCs e sobre a grande novidade atual que é a recente emenda ao Protocolo de Montreal, aprovada na MOP 28, em Kigali, no último dia 15, que definiu a redução progressiva também dos HFCs, com congelamento do consumo no Brasil a partir de 2024.

“O Protocolo de Montreal é o acordo bilateral mais bem-sucedido do mundo, com resultados efetivos. Daí a enorme repercussão que essa emenda, que o Brasil junto com os demais países-parte aprovaram, é tão importante. Vamos debater com o setor como se dará o cronograma de redução dos HFCs, mas a eliminação futura já é certa, daí a importância dos supermercados pensarem em alternativas que não agridam nem a camada de ozônio nem tenham alto potencial de aquecimento global”, disse Magna. 

Em seguida, Stefanie von Heinemann, da Cooperação Alemã para o Desenvolvimento Sustentável – GIZ (Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit – GIZ – GmbH), falou sobre a implementação do Projeto para o Setor de Serviços do PBH que tem foco na redução de vazamentos dos HCFCs. A gerente de projetos da GIZ/Proklima no Brasil informou  que até hoje mais de 5 mil técnicos refrigeristas foram capacitados em todo o País nos Cursos de Boas Práticas em Refrigeração Comercial e que já está disponível para uso de todo o varejo um sistema de controle gratuito de HCFC-22 (www.ozoniohcfc.com.br).  “Muitos supermercadistas tem apoiado o nosso trabalho, enviando seus técnicos para treinamento e utilizando o sistema Pró-Ozônio. Mas é importante que mais empresas participem”, afirmou Stefanie.

O terceiro palestrante do dia foi Clovis Zapata, da UNIDO, Organizações das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial, que falou do projeto de apoio ao setor de manufatura de refrigeração do País, com investimentos de R$ 11,2 milhões até 2021, principalmente focado em disseminação de tecnologias de baixo impacto no sistema climático global.

Ignácio Gavilan, do Consumer Good Fórum, que reúne 400 membros da indústria mundial, incluindo grandes grupos do varejo, e tem foco na orientação de estratégias voltadas à sustentabilidade, foi conclusivo em sua palestra: “Nossa visão é passar direto para os refrigerantes naturais (sem focar em alternativas como os HFOs). Da parte da indústria, queremos liderar essa mudança, fazendo-a acontecer o mais próximo possível”, disse.

Guilhermo Rocha, da Frigo Consulting, empresa com atuação em toda a Europa, concordou: “Sempre que há uma tecnologia nova o preço é maior no começo, mas a tendência é diminuir. Hoje os varejistas devem traçar uma estratégia clara e já passar para o CO2, evitando os refrigerantes sintéticos”, disse.

Rogério Marson, da Eletrofrio, maior fornecedor de equipamentos refrigerados do setor, confirmou essa tendência, em sua palestra. “Em seis anos o setor de supermercados conseguiu zerar o HCFC-22 em instalações novas. Hoje mais de 120 lojas já utilizam o CO2 com sistema subcrítico.  Agora temos outro desafio que é zerar os HFCs. Temos que iniciar uma nova batalha”, disse, apontando alternativas como o maior uso de outro fluído natural: o propano.

Cases de varejo

Mediados por Josilene Ferrer da Cetesb representantes do setor supermercadista debateram sobre suas experiências e apontaram alternativas tanto para a redução do consumo do HCFC-22, quanto em novos fluídos a serem utilizados.

Veja a seguir uma síntese:

  • GPA – Luiz Moreno, responsável pela área de manutenção da companhia, falou especialmente sobre o empenho em reduzir vazamentos de HCFC-22. “Apesar das novas alternativas, que já estamos testando, a maioria das lojas do Grupo ainda é com HCFC-22 e, portanto, nossa prioridade é reduzir vazamentos. Nossa meta inicial este ano era economizar em torno de 6%. Já conseguimos economizar 20%, até este mês de outubro, com esse trabalho”, disse.  Segundo ele, além de capacitar constantemente sua equipe e a de loja, são utilizadas equipes caça-vazamentos e sistemas tecnológicos, para detecção e correção rápida dos problemas.
  • Zaffari – Aroldo Lima falou do pioneirismo da rede, que atua no Rio Grande do Sul e em São Paulo, no uso de refrigerantes naturais (especialmente a Amônia utilizada em sistema selado em seu centro de distribuição) e sobre o foco atual em CO2. “As próximas duas lojas que vamos inaugurar serão com CO2”, disse. Segundo ele, as empresas do setor precisam estar atentas também ao processo construtivo,  realizando e aplicando bons projetos. Além da atenção ao tipo de fluído a ser utilizado, à qualidade da mão de obra, e à manutenção preventiva e eficiente.
  • São Vicente – Thiago Pietrobon, da Ecosuporte, falou do trabalho realizado na Rede São Vicente, do interior de São Paulo, focado na redução do consumo do HCFC-22 e também nas novas alternativas de fluidos a serem utilizadas. “Realizamos um inventário detalhado de todo o parque refrigerado instalado nas lojas, com foco principalmente na detecção de vazamentos e agora estamos definindo custos e prioridades”, disse.  Thiago também falou sobre o início do Projeto Demonstrativo, realizado no âmbito do PBH em parceria com o MMA e a GIZ, em uma loja do São Vicente, que irá permitir que a instalação de HCFC-22 funcione de forma selada, evitando vazamentos, e poderá no futuro servir de exemplo a outras redes.
  • Coop – Marco Feresin, responsável pela área, falou da aposta da rede nos refrigerantes naturais como a melhor alternativa ao HCFC-22. Nos últimos anos a rede só tem inaugurada lojas com CO2 e com ilhas-self que utilizam propano. “Hoje conseguimos manter sistemas mais precisos, com menor custos de manutenção e também de investimentos. Os fluídos naturais são melhores que qualquer fluido sintético”, disse. A rede também investe na redução do HCFC-22, realizando retrofit em 14 lojas e investindo em sistemas eletrônicos, que reduzem o consumo de energia e controlam vazamentos, além, é claro do investimento em pessoal. “O varejista consegue retorno investindo em boas práticas”, afirmou.

Próximos passos

Durante a tarde, os participantes do Workshop (varejistas, profissionais da indústria, consultores especializados, representantes do MMA, da GIZ, do PNUD e da UNIDO) debateram o tema ainda mais profundamente durante mesas de discussão coordenadas por mediadores especializados (Thiago Pietrobon, Tomaz Cleto e Sidney Isidro).  Entre os desafios futuros foi consenso entre os participantes, além do foco em alternativas de fluidos naturais, a importância de estratégias para qualificação e, especialmente, valorização de pessoal técnico, a começar pela conscientização dos empresários do setor a respeito*.

Finalizando os debates do dia, Laura Pires, diretora de Sustentabilidade do GPA, anfitriã do evento, disse que o principal propósito do workshop foi ampliar os debates sobre as novas alternativas aos HCFCs, abordando estratégias futuras para todo o setor supermercadista, e que essa missão foi cumprida graças ao empenho de todos os participantes.

Como disse Laura:  “Hoje 30% a 40% do impacto ambiental das empresas de supermercados é devido ao sistema de refrigeração. O varejo precisa olhar para essa questão porque o desafio é enorme. A crise energética que vivemos recentemente serviu de aprendizado e mostra a importância deste tema. Precisamos, juntos, pensar em estratégias futuras”.

A iniciativa da Sustentabilidade do GPA, que organizou o workshop aberto aos varejistas, foi muito elogiada por todos os participantes. 

O evento, que ocorreu no auditório da Sede da Via Varejo, em São Caetano do Sul, contou com o apoio do Ministério do Meio Ambiente (MMA), da Cooperação Alemã para o Desenvolvimento Sustentável (GIZ), da Organizações das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (UNIDO), da Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS), e também da Associação Paulista de Supermercados (APAS).

* Esses temas serão novamente debatidos, desta vez pelos empresários supermercadistas, no Workshop Sustentabilidade, da Convenção ABRAS- 50 ANOS, que acontece no próximo mês de novembro.

Por Susana Ferraz

Fonte: GIZ/Sete Estrelas Comunicação