Senai-MG: abertas inscrições para novas turmas nos próximos meses

As aulas do curso Boas Práticas em Sistemas de Ar Condicionado do Tipo Janela e Mini-Split, no Senai CFP Américo Renê Giannetti, localizado no bairro da Lagoinha, em Belo Horizonte (MG) prosseguem com sucesso. “Já certificamos cinco turmas de alunos e estamos com duas turmas para certificar nas primeiras semanas de junho”, informa o coordenador do Senai-Lagoinha, Ademir Moreira de Araújo.

Segundo Araújo, os técnicos que realizam o curso têm elogiado bastante a programação e acabam indicando o curso para os colegas. “Estamos muito otimistas quanto à formação de novas turmas nos próximos meses, pois as ações de divulgação estão repercutindo muito bem”, afirma.   

Os cursos para sistemas de ar condicionado fazem parte da Etapa 2 do Programa Brasileiro de Eliminação dos HCFCs (PBH), coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente. Eles começaram a ser realizados no final do ano passado e seguirão até 2020 por todo o País, em estados como: Minas Gerais, São Paulo, Bahia, Rio de Janeiro, Mato Grosso, Goiás, Amazonas, Rondônia, Maranhão, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná (PR), além do Distrito Federal (DF).

O Senai-MG está com as inscrições abertas para novas turmas. As aulas estão sendo normalmente dadas das 18h30 às 22h30, mas há também programações de turmas especiais aos sábados.

Mais informações:

Senai CFP Américo Renê Giannetti

Av. Antônio Carlos, 561, Bairro Lagoinha, Belo Horizonte-MG

(31) 3422-5023, 3422-5030 e 3421-2880

Confira no Facebook depoimentos dos Instrutores do Senai-MG sobre esse curso: https://www.facebook.com/camadadeozonioerefrigeracaoeclima/

Curso traz mais valor e competitividade aos técnicos em sistemas de ar condicionado

Instrutores do Senai CFP Américo Renê Giannetti, localizado no bairro da Lagoinha, em Belo Horizonte (MG), afirmam que o novo curso Boas Práticas em Sistemas de Ar Condicionado do Tipo Janela e Mini-Split, que está sendo realizado na unidade, está trazendo mais conhecimento e mais competitividade aos técnicos em manutenção que o realizam, além de oferecer formas para que eles melhorem a lucratividade nos serviços de manutenção no dia a dia.

Segundo o engenheiro e instrutor do Senai-BH, Fábio Fonseca, durante o curso é possível mostrar como as boas práticas para detectar os vazamentos ajudam os alunos a economizar e até a lucrar mais em seus trabalhos de manutenção. “Eles percebem que podem ajudar ao meio ambiente e, com isso, também ganhar dinheiro”, afirma.

Já na apresentação do curso, os instrutores mostram os prazos para os HCFCs saírem do mercado (2021 redução de 27,1% do consumo de HCFC-22 e 2040 eliminação total, com fim da importação) e como os custos desses fluidos vêm constantemente aumentando no mercado. Nesta etapa, Fonseca já avisa aos alunos: “A data da eliminação está chegando, e com isso o fluido está ficando mais caro”. Assim, ele orienta seus alunos sobre a necessidade de investirem em uma recolhedora, em um detector de gases, para poderem recolher os fluidos e reutilizarem, após reciclagem. “A curto prazo esse investimento vai se pagar. O técnico vai ter retorno facilmente”, afirma.

Outro ponto muito trabalhado pelos instrutores durante os cursos é a orientação para os técnicos repassarem as informações aprendidas a seus clientes ou aos seus chefes nas empresas, mostrando a relação entre os custos dos fluidos no mercado e as possibilidades de recolhimento e reuso dos mesmos.  “Há técnicos que prestam serviços para grandes empresas e não sabem dos equipamentos de detecção de vazamentos. E as próprias empresas perdem dinheiro, por desconhecimento”, afirma Fonseca. “Nesse treinamento de ar condicionado podemos falar ao aluno que ele pode passar para o cliente um valor menor e ainda ter uma margem de lucro maior com essa reutilização do fluido”, explica.

Para Rogério de Melo Maciel, engenheiro e técnico em mecânica, com grande experiência na área, o trabalho que está sendo realizado no Senai-MG ajuda a mudar a cultura de todo o mercado. “Nós treinamos os funcionários e são eles que convencem os empresários a mudar de postura e a investir nas ferramentas adequadas à realidade. Os técnicos dizem aos chefes: ‘Como vou praticar o que eu aprendi no Senai para te entregar melhores resultados, se você não está me fornecendo as ferramentas corretas (detectores de gases, recolhedoras de fluidos refrigerantes, etc.)?. É assim que estamos mudando a cultura dos funcionários e dos empresários desse setor”, afirma.

Paulo Vinícius Ramos Ferreira, tecnólogo e instrutor do Senai-MG, reforça esses argumentos. “Para quem está na área, esse curso é excelente, porque acrescenta muita coisa e ainda muda a cultura da pessoa. Porque nós, instrutores, conscientizamos os técnicos da importância de eles agirem corretamente quando estão atuando em sistemas de ar condicionado de clientes, sem deixar vazar fluidos. Nós mostramos que o que ele está fazendo terá consequências. Por que eu vou fazer de forma errada, prejudicar meu cliente, me prejudicar e ainda prejudicar ao meio ambiente?”, questiona.

Como bem resume o instrutor Isaac Gomes Pereira: “Não tem como eu falar de fluido refrigerante sem antes tocar na questão do clima, do aquecimento global e da importância da preservação da camada de ozônio. Não tem como falar de brasagem sem falar da importância do recolhimento do fluido. E saber que um cilindro de R-22 de 12 quilos polui a mesma coisa que um carro rodando 78 mil km (que pode levar 5 anos), é um absurdo! E o técnico, às vezes, joga isso no meio ambiente em cinco minutos! Tem equipamentos que comportam 100 a 200 quilos… Essa informação, depois que repassamos aos técnicos, eles repensam e mudam suas atitudes.”

O curso de boas práticas para sistemas de ar condicionado faz parte da Etapa 2 do Programa Brasileiro de Eliminação dos HCFCs (PBH), coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente; e os projetos para o setor de serviços, como esse curso, são implementados pela agência bilateral parceira do PBH, a Cooperação Alemã para o Desenvolvimento Sustentável por meio da Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ) GmbH.

As aulas desse curso começaram a ser ministradas no final do ano passado e seguirão até 2020 por todo o País, em estados como Minas Gerais, São Paulo, Bahia, Rio de Janeiro, Mato Grosso, Goiás, Amazonas, Rondônia, Maranhão, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná (PR), além do Distrito Federal (DF).

O Senai-MG, que iniciou a realização desses cursos na última semana de março, está com as inscrições abertas para novas turmas.

Mais informações:

Av. Antônio Carlos, 561, Bairro Lagoinha, Belo Horizonte-MG

(31) 3422-5023, 3422-5030 e 3421-2880

Confira no Facebook depoimentos dos Instrutores do Senai-MG sobre esse curso em: https://www.facebook.com/camadadeozonioerefrigeracaoeclima/

Senai Rio de Janeiro inicia cursos de boas práticas em agosto

As primeiras turmas do Curso de Boas Práticas em Sistemas de Ar Condicionado do Tipo Janela e Mini-Split terão início em agosto no Instituto Senai de Tecnologia Automação e Simulação, localizado no bairro de Benfica, no Rio de Janeiro (RJ).

 “Para nós é uma parceria estratégica realizar esse curso, tanto pelo conteúdo técnico, com acesso a novas tecnologias, como pela teoria aplicada nas questões ambientais, que fortalece a formação profissional”, afirma Carlos Magno do Nascimento, gerente geral de negócios do Sistema Firjan — Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro.

Este curso é oferecido gratuitamente para aperfeiçoamento profissional de técnicos de refrigeração, e faz parte da Etapa 2 do Programa Brasileiro de Eliminação dos HCFCs (PBH), coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente e com o apoio técnico da Cooperação Alemã para o Desenvolvimento Sustentável por meio da Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ) GmbH.

Confiram abaixo a programação inicial dos cursos, coordenada pelo técnico em educação, Thiago Câmara Gonçalves, do Senai Rio de Janeiro:

As primeiras turmas do Curso de Boas Práticas em Sistemas de Ar Condicionado do Tipo Janela e Mini-Split terão início em agosto no Instituto Senai de Tecnologia Automação e Simulação, localizado no bairro de Benfica, no Rio de Janeiro (RJ).

 “Para nós é uma parceria estratégica realizar esse curso, tanto pelo conteúdo técnico, com acesso a novas tecnologias, como pela teoria aplicada nas questões ambientais, que fortalece a formação profissional”, afirma Carlos Magno do Nascimento, gerente geral de negócios do Sistema Firjan — Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro.

Este curso é oferecido gratuitamente para aperfeiçoamento profissional de técnicos de refrigeração, e faz parte da Etapa 2 do Programa Brasileiro de Eliminação dos HCFCs (PBH), coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente e com o apoio técnico da Cooperação Alemã para o Desenvolvimento Sustentável por meio da Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ) GmbH.

Confiram abaixo a programação inicial dos cursos, coordenada pelo técnico em educação, Thiago Câmara Gonçalves, do Senai Rio de Janeiro:

Mais informações:

Instituto Senai de Tecnologia Automação e Simulação

Praça Natividade Saldanha, 19 – Benfica, Rio de Janeiro – RJ, 20911-210

Tel.: (21) 2587 – 4808

Senai Taguatinga inicia cursos de boas práticas no final de agosto

No final do mês de agosto terão início as aulas da primeira turma do Curso de Boas Práticas em Sistemas de Ar Condicionado do Tipo Janela e Mini-Split no Senai Taguatinga, em Brasília-DF.

Para Janaína Braga D´Almeida, diretora da unidade, a oportunidade de realizar esses cursos, com foco nas boas práticas, é muito importante para o Senai-DF porque eles se integram aos programas da escola voltados para sustentabilidade. “Esses cursos se encaixam muito bem nos nossos propósitos e vêm até a cobrir uma lacuna, porque ainda não tínhamos nada parecido na área de refrigeração e climatização, com todo conhecimento sobre as boas práticas ambientais. Para nós essa parceria com o Ministério do Meio Ambiente e a GIZ é muito importante”, afirma.

Confira na tabela abaixo a programação inicial dos cursos, organizada pela supervisora de educação, Luciana de Oliveira Coelho:

O curso, oferecido gratuitamente para aperfeiçoamento profissional de técnicos de refrigeração, faz parte da Etapa 2 do Programa Brasileiro de Eliminação dos HCFCs (PBH), coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente, e contando com o apoio técnico da Cooperação Alemã para o Desenvolvimento Sustentável por meio da Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ) GmbH.

Mais informações:

Senai Taguatinga

Telefone: (61) 3353-8710

Curso de Boas Práticas em Sistemas de Ar Condicionado tem grande procura em Salvador

O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia (IFBA), em Salvador, vem sendo muito procurado pelos técnicos de refrigeração e climatização que querem aprimorar os seus conhecimentos no curso Boas Práticas em Sistemas de Ar Condicionado do Tipo Janela e Mini-Split, criado no âmbito da Etapa 2 do Programa Brasileiro de Eliminação dos HCFCs (PBH). De dezembro do ano passado até o mês de julho deste ano mais de 20 turmas de técnicos foram realizadas, com 268 alunos formados.

 “A procura pelo curso tem sido enorme. Há muita mobilização dos técnicos para se inscreverem. Temos conseguido organizar várias turmas completas, com dezesseis alunos. Contudo, como nem todos os técnicos têm o conhecimento adequado para realizar esse curso (são necessários no mínimo três anos de experiência), estamos selecionando criteriosamente os candidatos, para que aqueles que vierem a fazer o curso, tenham condições de assimilar os conhecimentos e praticá-los”, afirma o professor Antonio Gabriel S. Almeida, coordenador do Núcleo de Refrigeração, Climatização e Automação (NRCA), responsável pela organização dos cursos técnicos em Refrigeração e Climatização no IFBA.

A seleção dos candidatos começa no ato da inscrição dos técnicos, quando a técnica administrativa, com boa experiência no departamento de refrigeração, Elizabeth Villas Boas de Araújo, de 27 anos, realiza a triagem dos candidatos, com apoio da coordenação. “Tem muitos alunos procurando por este curso. Mas o desafio é que esse curso é voltado para quem já tem experiência na área e, por conta da propaganda de boca a boca, muitos indicam pessoas que não têm experiência na área.” Elizabeth explica que utiliza um questionário padrão, elaborado pelos instrutores do curso, para fazer a triagem dos alunos. “Eu também apoio a divulgação, entrando em contato com empresas de refrigeração, para que elas encaminhem seus funcionários para realizarem esse curso. A receptividade é muito boa, por se tratar de um curso gratuito e, ainda mais, por ser no IFBA, uma escola antiga, que só aqui neste bairro tem 60 anos, mas tem cem anos de existência.”

Oportunidade

Segundo o instrutor José Altino Alves de Menezes, engenheiro eletricista que atua na área de refrigeração desde a década de 80, o curso do PBH vem suprir uma grande carência dos técnicos. “A necessidade dos técnicos desse tipo de treinamento é enorme, especialmente aqui na Bahia. Eles aproveitam muito todos os conhecimentos transmitidos, para melhorar os conhecimentos na área de refrigeração. Os profissionais que realizam esse curso saem daqui conscientes da importância de evitar vazamentos, de fazer os recolhimentos dos gases, e desejosos de poder realizar os procedimentos corretos na prática”, afirma.

Um bom exemplo é Matheus Fernandes Andrade, de 23 anos, que realizou o primeiro curso do Programa Brasileiro de Eliminação dos HCFCs (PBH), de refrigeração comercial, em 2014, pouco depois de se formar como técnico de refrigeração, e se desenvolveu tão bem como profissional que hoje, além de atuar na área e dar aulas em outras instituições, no IFBA exerce a atividade de assistente de instrutor, apoiando as aulas dos instrutores durante o curso do PBH. “Essa troca de experiência com os mestres daqui do IFBA, que são dos melhores da refrigeração, é muito boa. E, além disso, posso participar das aulas desses cursos, que são ótimas”, afirma.

O instrutor-assistente Matheus sabe bem da importância desse tipo de curso para os técnicos, mesmo aqueles com muitos anos de experiência. “Eu vejo que o curso traz um olhar diferenciado ao técnico, para o seu dia a dia de trabalho. Durante o curso são mostrados os vícios, os maus hábitos dos profissionais, que precisam ser mudados. Aqui em Salvador temos aqueles técnicos que aprenderam na prática e vão passando para o ajudante, que depois vira mecânico e passa para outros ajudantes. Assim vão sendo transmitidas práticas ruins, como a de liberação dos fluidos na atmosfera. O curso serve especialmente para corrigir isso. Para os técnicos terem ciência de que isso é errado e há formas corretas de se trabalhar, em especial, no cenário atual, de mudanças climáticas.”

Como resume o instrutor e bom mestre José Altino, que se empenha em passar as boas práticas em todas as suas aulas: “Mostramos como o sistema funciona, os procedimentos corretos para instalação e manutenção, e ainda os conhecimentos do programa sobre a importância de proteção da Camada de Ozônio. Eles aprendem a fazer as tarefas de reconhecimento dos fluidos, a brasagem, etc. A programação do curso é bem completa. O curso é muito bom, e, por isso, recomendo a todos, mesmo àqueles técnicos com bastante experiência na área, que o façam!”

Ao final do curso no IFBA, que é gratuito, todos os alunos recebem o certificado de participação e, também, uma régua técnica do programa, como brinde e incentivo às boas práticas. “Os alunos ficam ansiosos para receber a régua técnica no final. Eles gostam muito!”, afirma Elisabeth, que, além de cuidar da parte administrativa dos cursos, dos orçamentos, compras de materiais, etc., dando suporte ao trabalho de coordenação, do professor Antonio Gabriel, realiza a entrega dos certificados e das réguas técnicas aos alunos, ao final de cada turma.

Confira a programação das próximas turmas do IFBA até outubro:

Turma 22 – 30/07 a 09/08

Turma 23 – 04, 11, 18 e 25/08

Turma 24 – 13 a 23/08

Turma 25 – 27/08 a 06/09

Turma 26 – 10 a 20/09

Turma 27 – 15, 22, 29/09 e 06/10

Turma 28 – 24/09 a 04/10

Mais informações e inscrições:

 (71) 2102-9568 / 99152-6991

pelo e-mail nrca05@gmail.com

Escolas da Região Norte do País se preparam para ministrar o curso de “Boas Práticas em Sistemas de Ar Condicionado do Tipo Janela e Mini-Split”

Criado no âmbito da Etapa 2 do Programa Brasileiro de Eliminação dos HCFCs (PBH), o curso de “Boas Práticas em Sistemas de Ar Condicionado do Tipo Janela e Mini-Split” será ministrado nos estados do Amazonas e Rondônia. Seis instrutores já foram capacitados para ministrar o curso, durante a semana de 24 a 27 de julho, sendo três da escola Cesp – Centro de Especialização Profissional, localizada em Manaus (AM), e três do Senai – Serviço Nacional de Aprendizagem, em Porto Velho (RO).

“A participação dos instrutores nesse treinamento foi muito boa. Mesmo sendo todos bem experientes, o curso trouxe novidades em tecnologias que agregaram bastante em conhecimento. Esse curso é fundamental na atualidade, para que todos da área de refrigeração e climatização se mobilizem para evitar vazamentos de HCFCs no meio ambiente,  pois esses fluidos,  quando liberados na atmosfera, agridem a camada de ozônio e contribuem para o aquecimento global do planeta”, afirma Stefanie von Heinemann, gerente de projetos responsável pela implementação desses cursos pela Cooperação Alemã para o Desenvolvimento Sustentável por meio da Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ) GmbH.

O experiente professor Rildo Mota Cordovil, do Cesp, de Manaus, há 28 anos na área, foi um dos participantes desse treinamento e será um dos multiplicadores do novo curso.  “Foi muito bom o treinamento. Tivemos acesso a um novo ferramental, com novas técnicas, que vêm nos ajudar a identificar ainda melhor os possíveis vazamentos de R-22, para que possamos ampliar a estanqueidade dos sistemas de ar condicionado”, afirma.  

Segundo o instrutor, que atua nas áreas de refrigeração, climatização e elétrica, inclusive prestando serviços de consultoria e treinamento pela sua empresa, com o novo curso do PBH será possível sensibilizar ainda mais os técnicos do Amazonas para que evitem vazamentos de HCFCs. “No dia a dia ainda há muitos técnicos daqui da Amazônia que não têm o conhecimento de como reduzir vazamentos, realizar contenção de sistemas e, também, da própria reciclagem em si. Esse curso mostra como realizar bem todos esses procedimentos e deixa também claro como os técnicos podem economizar com todo esse processo, inclusive reaproveitando os fluidos refrigerantes, ampliando a reciclagem. Acredito que com esse treinamento poderemos ampliar e muito a conscientização dos técnicos em relação à proteção do meio ambiente.”

Jossineide Oliveira e Silva, educadora e empreendedora na área, uma das pioneiras, como mulher atuante na área de refrigeração e climatização no Brasil, também participou do treinamento em Manaus.  Com toda a sua experiência de mais de 25 anos de trabalho, Jossineide Silva apreciou muito o processo de treinamento dos instrutores desenvolvido: “Nós como professores do Norte, da Amazônia, sempre estamos atentos a oportunidades que podem ampliar nossos conhecimentos, ainda mais com tecnologias internacionais como as trazidas por esse novo curso. O treinamento foi ótimo e proporcionou inclusive um nivelamento de conhecimento, de nós, do Norte do país, com instrutores de outros estados mais evoluídos do Sul e Sudeste, que têm mais acessos a novas tecnologias”, afirma. A instrutora também destacou o ganho que há para as escolas com esse curso do PBH: “O Programa proporciona às nossas escolas o importante acesso aos equipamentos mais modernos, inovadores. Essa evolução é muito importante para nós, e para os nossos alunos, que poderão ter contato com todas essas novas tecnologias.”

Além da importância ambiental, Jossineide Silva também destaca que as melhores técnicas de recolhimento e reciclagem de fluidos, demonstradas durante aulas, trarão vantagens econômicas aos técnicos e às suas empresas. “No curso trabalhamos novas técnicas e processos que, no cotidiano das empresas e dos técnicos, vão trazer uma significativa vantagem financeira. Todos vão ganhar com esse conhecimento disponibilizado, os técnicos, as empresas e também o meio ambiente, que assim pode ser melhor preservado”, afirma.

Juntamente com Jossineide Silva e Rildo Cordovil, realizaram o curso de Treinamento dos Treinadores os instrutores: João Fecchio Junior e Otávio Jorgens, pelo Senai Rondônia; e Anderson Pinho dos Santos e Rodolfo de Castro França Cordovil, pelo Cesp Manaus.

Este curso do PBH é gratuito e voltado a profissionais com experiência de pelos menos três anos na área. Os treinamentos, que serão realizados no Cesp-AM e no Senai-RO a partir de setembro, terão duração de 32 horas, para turmas de 16 alunos, cada uma. Todo esse trabalho de criação, implementação e divulgação desses cursos, pelo PBH, é coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente e implemento pela Cooperação Alemã para o Desenvolvimento Sustentável por meio da Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ) GmbH.

Mais informações sobre os cursos:

  • Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial de Rondônia, em Porto Velho

 Com Sra. Patrícia Ribeiro, Tel: (69) 3216-3475

  • Centro de Especialização Profissional (CESP), em Manaus (AM)

 Com prof. Rildo Mota Cordovil, Tel.: (92) 8157-0490

 E-mail: cespr4@gmail.com

Instrutores de Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul são capacitados para ministrar Cursos de Boas Práticas em Sistemas de Ar Condicionado

O

curso Boas Práticas em Sistemas de Ar Condicionado do Tipo Janela e Mini-Split começará a ser ministrado a partir de setembro, na região Sul do País.  Uma parceria com o Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina – Fiesc e com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial – Senai permitiu a realização do Treinamento dos Treinadores da Região Sul, de 7 a 10 de agosto, na cidade de São José, localizada na Grande Florianópolis. Nesse treinamento foram capacitados doze instrutores que multiplicarão o curso no próprio Senai, em Santa Catarina (três instrutores das escolas de São José e Itajaí) e nas unidades Senai-Porto Alegre-RS (seis instrutores) e Senai-Toledo-PR (três instrutores).

 “Essa parceria é necessária e oportuna para nós do sistema Fiesc-Senai. Quando a gente analisa o impacto que tem o vazamento de uma carga de fluido de um aparelho split residencial no meio ambiente, tanto quanto uma descarga de mais de quatorze mil quilômetros rodados por um carro, então vemos o quanto é necessário que os profissionais obtenham o conhecimento adequado, que esse curso traz, para que eles adotem práticas cuidadosas de instalação e manutenção dos sistemas de ar condicionado”, afirma Ricardo Maximo Anzolin,  gerente técnico de Educação e Tecnologia da Região Sudeste do Fiesc-Senai.

Segundo Anzolin esse curso, que é gratuito, vai agregar muito aos profissionais que o realizarem. “Nós sabemos que há uma carência de profissionais qualificados e programas como esse agregam muito valor. Ainda mais que esse programa já deu certo (Etapa 1), foi testado e aprovado, e por isso não hesitamos um minuto em fazer essa parceria”. Para o gerente, o grande desafio está na mobilização dos técnicos. “O nosso desafio será a sensibilização dos técnicos, com requisitos, para eles participarem dessa capacitação. E esse desafio será ultrapassado por nós com ações bastante consistentes como, por exemplo, a realização de parcerias com associações e empresas do setor de todo o estado de Santa Catarina”, explica.

Essa edição do Treinamento dos Treinadores, a sexta já realizada (já foram capacitados instrutores para realizar os cursos nos estados de São Paulo, Bahia, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Maranhão, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Goiás, Mato Grosso, Amazonas, Rondônia e Distrito Federal), assim como todo o programa, está sob a coordenação do Ministério do Meio Ambiente (MMA), com a implementação dos cursos a cargo da Cooperação Alemã para o Desenvolvimento Sustentável por meio da Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ) GmbH, agência bilateral parceira do PBH.

Para o analista ambiental, Frank Edney Gontijo Amorim, que veio especialmente a Santa Catarina, para realizar a abertura desse curso, como representante do ministério, a parceria com as escolas técnicas, como as do sistema Senai, é estratégica e essencial para os bons resultados do programa.   

“Esse curso foi idealizado para ser realizado nas cinco regiões do Brasil; e é muito bom observarmos que isto está acontecendo e, melhor, muito rapidamente. Nós do ministério vemos com muito bons olhos a parceria com a Fiesc-Senai, de Santa Catarina, um estado que tem uma indústria forte e um mercado bem desenvolvido e, portanto, com muita necessidade de capacitação de profissionais nesta área”, afirma.

Amorim explica que o sucesso da implementação desse curso se deve também à qualidade dos instrutores das escolas técnicas parceiras. “Nesse treinamento aqui no Sul, a exemplo do que ocorreu em outras regiões, os instrutores são profissionais muito capacitados para multiplicar esse treinamento. O curso tem materiais, tecnologias, equipamentos e todo uma metodologia a ser aplicada, e são esses profissionais, com todo o seu empenho e qualificação, que garantem replicar esse conhecimento para os técnicos”, destaca Amorim.

Na Etapa 2 do PBH, de 2017 a 2023, serão capacitados um total de 9.238 técnicos em cursos de boas práticas para contenção de vazamentos em sistemas de ar condicionado e refrigeração comercial e em cursos para uso seguro e eficiente de fluidos alternativos de baixo GWP. Nesse curso, para sistemas de ar condicionado, está prevista a formação de 1.200 técnicos na região Sul do país, sendo 400 em cada estado.

Mais informações sobre os cursos no:

Santa Catarina: Senai São José, Marlon D’Avila, Tel: (48) 3381-9242, E-mail: marlon.avila@edu.sc.senai.br

Paraná: Unidade Senai Toledo, Denise Maria Limberger, Tel: (45) 3379-6160, E-mail: denise.limberger@sistemafiep.org.br

Rio Grande do Sul: Escola Senai Visconde de Mauá, Felipe Andreolla, Tel: (51) 3904 2621, E-mail: felipe.andreolla@senairs.org.br

Aplicativo adaptado à nova legislação facilita trabalho de profissionais de manutenção de aparelhos de ar-condicionado e refrigeração

O portal técnico, Ambiente Gelado, em parceria com a ABRAVA (Associação Brasileira de Refrigeração, Ar condicionado, Ventilação e Aquecimento), está lançando o aplicativo “PMOC – Ambiente Gelado” para smartphones, tablets e computadores, que oferece uma plataforma completa e bastante prática no preenchimento das atividades realizadas durante a manutenção, com o diferencial de já estar adaptada à nova legislação.


Publicada no Diário Oficial da União, a lei 13.589, de 04/01/2018, estabelece a formulação de um Plano de Manutenção, Operação e Controle (PMOC) no processo de preservação de equipamentos refrigeradores em edifícios de uso público e coletivos que possuam ambientes climatizados artificialmente.


O plano é composto por uma série de documentos que abrange informações completas sobre a edificação, o sistema de climatização, o responsável técnico e a comprovação e agendamento dos procedimentos e rotinas de manutenção de todos os aparelhos.


Enquanto essa nova demanda legislativa diminui os riscos de danos à saúde das pessoas que frequentam esses ambientes e controlam equipamentos que possam estar consumindo energia elétrica de forma desenfreada, os profissionais da área de manutenção podem se confundir com as novas diretrizes ou até mesmo sofrer penalidades, que podem acarretar em multas de até R$ 1,5 milhão para o técnico ou proprietário do imóvel, caso não obedeçam às normas.


Com isso, Paulo Neulaender, um dos fundadores da empresa Ambiente Gelado, idealizou o aplicativo PMOC para trazer uma plataforma simples e preparada para receber todos os dados exigidos pela lei. “Diante dessas normas, procuramos alguma maneira de facilitar a produção do PMOC e o trabalho do profissional de manutenção. Por isso, criamos uma ferramenta que está totalmente adaptada às normas, sendo necessário apenas o preenchimento dos dados nos campos sinalizados pelo técnico”, comentou o empresário.


Na prática, o app PMOC oferece uma interface bastante intuitiva e com inúmeras funcionalidades, como cadastramento de clientes, anexo de informações sobre o local e aparelhos analisados, listagem e checklist das atividades por etapas de realização – mensal, trimestral e semestral – e agenda de tarefas futuras. Basta o profissional preencher os dados e tudo será registrado no próprio aplicativo.


O PMOC – Ambiente Gelado está disponível, gratuitamente, na Google Play e , em breve, na Apple Store, além de uma ferramenta web, que pode ser acessada pelo portal pmoc.ambientegelado.com.br.

Aulas do curso de Boas Práticas em Sistemas de Ar Condicionado começam em agosto no Maranhão

A Netcom Treinamentos e Soluções Tecnológicas é uma das escolas parceiras do Programa Brasileiro de Eliminação dos HCFCs (PBH) para ministrar o curso de “Boas Práticas em Sistemas de Ar Condicionado do Tipo Janela e Mini-Split” nas cidades de São Luís e Imperatriz, no Maranhão, a partir desde mês de agosto.

Segundo Carlos Cesar Bezerra de Carvalho, diretor da NetCom, já estão programadas 38 turmas. As aulas do curso, que é gratuito, acontecerão de 20 de agosto de 2018 até 30 de maio de 2019, sendo ministradas cada semana de segunda-feira a quinta-feira das 8 horas às 17 horas. “Nossa expectativa é grande em relação à procura dos alunos por esse novo curso, até porque existe muita carência de conhecimento e qualificação dos profissionais que hoje atuam no nosso mercado”, afirma Carvalho.

O diretor explica que a NetCom já possuía um laboratório de ponta na área de refrigeração e ar condicionado antes de realizar a parceria com o PBH, para realizar esse curso, mas agora com as doações de equipamentos e tecnologias modernas pelo programa, esse laboratório está melhor ainda. “Com a doação de equipamentos com tecnologia de ponta, nosso laboratório ficou de ´primeiro mundo´”, afirma. “Isso motivará ainda mais os técnicos para realizarem suas inscrições nesse novo curso”, complementa. 

O PBH é coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA) e, no caso do setor de serviços, projetos como o desse curso são implementados pela Cooperação Alemã para o Desenvolvimento Sustentável por meio da Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ) GmbH, sempre com apoio de escolas técnicas parceiras, como a Netcom.

Na Etapa 2 do PBH serão capacitados, nas cinco regiões do Brasil, um total de 9.238 técnicos. Somente no estado do Maranhão serão 600 técnicos capacitados. Além dos cursos de boas práticas para contenção dos vazamentos em sistemas de refrigeração e ar condicionado, nesta segunda etapa serão ministrados, também, cursos para uso seguro e eficiente de fluidos alternativos de baixo GWP.

Mais informações:

NetCom Treinamentos e Soluções Tecnológicas
Tel: (98) 4009-7000                                                                                                     

E-mail: netcom@netcom-ma.com.br 

Jossineide, primeira instrutora mulher a ministrar o curso “Boas Práticas em Sistemas de Ar Condicionado do Tipo Janela e Mini-Split”

Jossineide Oliveira e Silva, 39 anos, educadora, consultora e empreendedora, é uma das mulheres pioneiras na área de refrigeração no Brasil, uma área em que ainda predomina a mão de obra masculina. Ela é também a primeira instrutora mulher, atuante na área de refrigeração e climatização no Brasil, que participa como instrutora, em Porto Velho, Rondônia, do curso “Boas Práticas em Sistemas de Ar Condicionado do Tipo Janela e Mini-Split”, realizado no âmbito da Etapa 2 do Programa Brasileiro de Eliminação dos HCFCs (PBH), sob a coordenação do Ministério do Meio Ambiente e implementado pela Cooperação Alemã para o Desenvolvimento Sustentável por meio da Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ).

Na entrevista abaixo, Jossineide, casada e com três filhos, fala da importância desse curso e também dos desafios que ultrapassou para chegar a uma carreira de sucesso ao comemorar 25 anos na Refrigeração e Climatização.  

Como foi a experiência de participar do “Treinamento dos Treinadores” em Manaus?

Nós, como professores, com nossa experiência no Norte, temos muito que alinhar em termos de conhecimento com o Sul e Sudeste do País, especialmente em nível tecnológico. Nessa hora do treinamento, o professor chega e calça a sandália da humildade ao se tornar de novo aluno. Nosso desafio é aprender sempre e assim poder auxiliar ainda mais o aprendizado dos nossos alunos para que eles estejam no mesmo nível do restante do Brasil. O PBH, por meio do MMA e da GIZ, nos proporcionou, além desse treinamento que agregou muitos conhecimentos, equipamentos mais modernos que nos ajudarão muito nesta tarefa. Pode ser simples ou pouco para outras escolas, mas para a nossa, essa parceria trouxe muita inovação.

Além de professora, você é empreendedora. Como você vê a aplicação do conhecimento desse curso na prática?

Durante o dia, tenho coparticipação em uma empresa de refrigeração (sócia). À noite e em algumas tardes, trabalho como professora no Senai de Porto Velho. Também consigo trabalhar pontualmente as necessidades de empresas, como consultora para curso (in company). Esse curso me ajudou como professora e dona de empresa. Pensando como empresa, esse curso de Boas Práticas nos proporciona boas oportunidades. Não digo que nos trará um aumento de receitas, mas uma economia considerável nos processos e nos serviços. A questão da consciência ambiental proporciona economia nos processos, por nos mostrar a importância de reaproveitar o fluido. Vou trabalhar com meus colaboradores para que realizem melhoras nos serviços para não terem de retornar aos clientes (para retrabalho). Gastar dois minutos a mais na brasagem, por exemplo, é reduzir o número de retorno nos serviços. Assim economizamos recursos, atendemos melhor e cuidamos do meio ambiente.  

Hoje, na minha empresa, eu já recolho os fluidos e reaplico os mesmos, porque trabalhamos com sistema de refrigeração industrial, que utilizam grandes volumes. Mas, mesmo realizando o reaproveitamento, antes nós não tínhamos alguns cuidados que aprendemos agora com esse novo curso, como, por exemplo, usar o filtro antes do gás chegar no cilindro. São cuidados muito importantes, que agora iremos praticar.

Agora, também, com a aquisição do kit de reciclagem, nossa proposta é tratar do fluido que retiramos de sistemas menores. Aqui, na nossa região, ainda não temos uma empresa especializada em reciclar o fluido refrigerante. Com esse kit vamos conseguir reciclar um volume pequeno, mas já é um começo.

Como é o mercado de refrigeração e climatização em Rondônia, especialmente em relação à adoção das boas práticas ambientais como propostas nesse curso?

Todas as vezes que a gente fala da necessidade de proteção do meio ambiente, os executivos das empresas geralmente não demonstram consciência ambiental. Mas quando falamos de uma vantagem financeira, de um ganho financeiro, de maior eficiência energética, eles mudam. Infelizmente, é assim. Nosso mercado aqui em Rondônia é muito promissor. Não só a parte de refrigeração tem uma grande demanda, mas também a parte de conforto térmico, de climatização. É muito importante o conforto térmico aqui, por causa das grandes temperaturas e da alta umidade. Aqui, ou chove ou faz sol. Eu nasci aqui em Rondônia, mas 70% da população daqui veio de fora. Então, as pessoas conhecem o conforto térmico e por isso procuram comprar sistemas de ar condicionado.

Como esse mercado é muito promissor, tem muito técnicos trabalhando, mas falta educação profissional. Esse curso é uma oportunidade para os técnicos obterem essa educação. Com esse curso do PBH, esse técnico, que aprendeu fazendo e que ainda é recente de formação, tem muito a aprender e, assim, ele poderá trabalhar de maneira correta e economicamente viável. A nossa primeira turma começa em outubro. Temos expectativa de formar 350 alunos até outubro de 2019 e acredito que vamos conseguir ultrapassar essa meta.

Como você iniciou nessa área? 

Aqui em Rondônia, quando terminei meu curso de aprendizagem, era natural em seguida cursar uma escola profissionalizante. Na época, era normal mandar os filhos para essas escolas, para eles se inserirem no mercado de trabalho rapidamente. Quando fui procurar me inscrever, não tinha mais vaga no curso de corte e costura, tradicionalmente indicado para mulheres. Então, eu escolhi o curso de Mecânica em RAC. Com 14 anos, eu entrei. Na época não tinha um critério ser homem ou mulher para poder se inscrever. Hoje eu penso que ainda bem que não teve objeção da minha matrícula (risos). Mas, quando cheguei, eu era a única mulher. Foi difícil. A forma de ensinar muito lógica, com poucos diálogos, poucas explicações de processos. As piadas machistas, que todos riam, sem dar conta da minha presença. A falta de confiança dos professores e dos colegas…

Como você ultrapassou esse grande desafio?

Eu tive que me empenhar muito para realizar esse curso, e, para tanto, eu resolvi estudar em dobro, dentro e fora do horário de aula. Assim, eu procurei trabalho em empresas, em caráter voluntário (estágio não remunerado) para poder praticar os serviços de mecânica em RAC.

Tanto me esforcei, que o meu professor à época me escolheu para participar do Torneio de Formação Profissional no ano 1996, em Brasília, uma competição nacional, de alto nível tecnológico e emocional, entre técnicos de Refrigeração e Climatização de todas as escolas técnicas do país (muito prestigiada até hoje). Era um grande desafio, mas enfrentei! Eu competi com alunos (homens) de grandes metrópoles do Brasil, conquistando o 3º lugar no Pódio, à frente de escolas de São Paulo, o estado mais desenvolvido do País, e de outros estados. Hoje, essa competição tem o nome de “Olímpiada do Conhecimento”.

Fiquei muito grata e feliz pelo resultado, pois minha formação profissional tinha se dado em meio à Amazônia, no estado de Rondônia, onde a tecnologia costuma chegar em tempo defasado em relação às cidades do Sul e Sudeste do país.

A partir dessa conquista, você já começou a atuar como instrutora?

Depois da competição, fui contratada pelo Senai como artífice, um assistente do instrutor.  Mas na época, eu tinha de assumir as aulas, quando o professor viajava. Eu fazia o trabalho dele e eles não me reconheciam como professora. Ainda não tinha nem 18 anos. Foi quando um professor me aconselhou a fazer um curso técnico em Refrigeração e Climatização, que eu realizei em Minas Gerais. Quando concluí, voltei para cá e fui contratada como instrutora, só que com um terço do valor dos outros instrutores homens. Como eu reclamava das injustiças, fui mandada embora. Foi por isso que resolvi cursar a faculdade de Serviço Social, para buscar entender essas injustiças. Eu tinha vontade de fazer engenharia mecânica, mas estava tão indignada com a situação, que achei melhor entender as injustiças. Eu penso que toda pessoa tem condição de ter acesso ao mercado de trabalho, desde que tenha uma oportunidade de superar a sua limitação.  

Nessa mesma época você já começou a trabalhar com sistemas industriais, certo?

Sim. Logo que saí do Senai, em 2011, fui convidada para atuar na área de assistência técnica de uma renomada empresa de RAC na minha cidade, a Polo Frio Comércio e Serviço. Era um serviço duro, mas eu fui. Lá eu mostrei que eu conseguia fazer. Fui logo promovida e tive a incumbência de padronizar e gerenciar todos os serviços prestados pela empresa, para que todos os serviços fossem de qualidade e eficiência, liderando uma equipe de 20 pessoas. Nesta empresa, atuei por quatro anos, que me trouxeram muitas experiências positivas para minha vida profissional.  

A partir daí, decidi trabalhar com sistemas de climatização industrial, que exigem mais dedicação e conhecimento.  Comecei a ser convidada para consultorias por várias empresas que buscavam oferecer serviços de qualidade a seus clientes, em todo Brasil, realizando inclusive treinamentos “in company” das suas equipes técnicas. Paralelamente, firmei parceria com um colega de profissão, o João Fecchio, pela qual compatibilizamos alguns sonhos e projetos para trabalhar com sistemas de climatização industrial VRF e Chiller. Assim, me tornei empresária, sócia da Vento Sul Soluções Térmicas Ltda. Hoje, 50% dos sistemas VRF instalados no estado de Rondônia são realizados por nossa empresa.

Como foi sua volta ao sistema Senai?

Foi muito boa. Em 2016, ainda atuando com minha empresa, voltei também a trabalhar no sistema SENAI, onde reestruturei os cursos de Mecânica RAC dentro da instituição no estado de Rondônia, a partir de uma pesquisa de mercado que mostrava evidências de que o setor precisa de profissionais RAC educados e qualificados no estado (esses cursos tinham sido suspensos por cinco anos). Também articulei a participação do SENAI Porto Velho no Edital do PBH/GIZ para o curso de Boas Práticas em Sistemas de Ar Condicionado do Tipo Janela e Mini-Split, que agora vamos ministrar.

Mesmo com esse sucesso, você ainda enfrenta o preconceito por ser mulher em uma área em que predominam trabalhadores homens?

Até hoje eu sinto o preconceito. Quando vou dar um curso, os alunos ainda me julgam (será que ela sabe mesmo?). Eles sentem insegurança. Isto acontece até o segundo ou terceiro dia; daí, eles já começam a agir como alunos normais e mudam de comportamento. É um obstáculo a ser vencido, sempre. Com a minha história, espero encorajar a qualquer pessoa que tenha interesse nesta profissão a vencer limitações, sejam elas geográficas, intelectuais, físicas, de raça, de nível social, entre outros. Muitas foram as vezes que pensei em desistir… e cuidar apenas da minha família, como aprendi que “era minha obrigação” na cultura de família tradicional em que cresci. 

Quando olho para o início de tudo, 25 anos atrás, vejo como foi importante ter insistido. Como foi bom ter me dedicado a vencer todos os obstáculos na minha vida profissional, até mesmo assédio moral e sexual.  Infelizmente, ainda vivemos em sociedades preconceituosas, nas quais as pessoas julgam pela aparência. Mas podemos mudar essa cultura. Hoje eu tenho duas alunas, em turmas diferentes e fico torcendo para elas ficarem na área. Dou muita força para elas. É importante ter mais mulheres participando desse mercado, para que ele possa evoluir mais. Todos ganham com esse equilíbrio.

Hoje, quando entro em sala de aula para ministrar cursos sobre Sistemas RAC não vejo somente pessoas, homens e mulheres, querendo aprender, eu vejo profissionais capazes de mudar o mundo, agregando nas suas vidas valores como: superação, determinação e conscientização da responsabilidade social e ambiental. Essa é a minha missão. Esse é o meu trabalho.