Técnicos em refrigeração: Nunca parem de estudar!

Frank Edney Gontijo Amorim, engenheiro eletricista e analista ambiental do Ministério do Meio Ambiente*, fala a seguir sobre a importância da atualização dos conhecimentos teóricos e práticos pelos técnicos de refrigeração e do curso de “Boas Práticas em Sistemas de Ar Condicionado do Tipo Janela e Mini-Split”*, especialmente para aqueles que quiserem se manter ativos no mercado, com aumento de renda.

Confira:

Eliminação do R-22 e capacitação

“Hoje, o mercado começou a entender que a eliminação dos HCFCs é uma realidade.  O fluido frigorífico R-22 começa a ficar mais caro e os técnicos começam a perceber que precisam mudar a forma de trabalhar e que precisam buscar capacitação para o aprimoramento do trabalho.

A capacitação é muito importante para que os técnicos dominem todas as técnicas e procedimentos para se evitar vazamentos. Nós sabemos que os benefícios diretos são o melhor funcionamento dos equipamentos refrigerados, a redução dos custos de operação e manutenção e a preservação ambiental, tanto da Camada de Ozônio quanto do sistema climático global. Mas também é preciso entender que isso reduz os custos dos técnicos, das empresas prestadoras de serviços e dos clientes (empresas ou residências), uma vez que o trabalho realizado da forma correta reduz as inda e vindas para consertos e reparos.

O técnico precisa olhar a capacitação por cursos técnicos com bons olhos, porque um técnico que faz um trabalho bem feito tem retorno financeiro. A confiança que ele ganha do cliente (consumidor ou empresa) é excepcional. Sem falar na propaganda de boca a boca, pois quando a gente acredita em um profissional, nós recomendamos seus serviços.

Atualmente estão disponíveis gratuitamente os cursos da Etapa 2 do Programa Brasileiro de Eliminação dos HCFCs – PBH (programa coordenado pelo Ministério e implementado pela GIZ), nas cinco regiões do Brasil, por meio de boas parcerias com escolas técnicas renomadas (Escolas Senai, Institutos federais e outras). Essas escolas dispõem de instrutores bem capacitados, com vivência no setor e boa formação, e, portanto, capazes de replicar com qualidade os cursos oferecidos pelo Programa.“

Programa PBH e formato dos cursos

“Os treinamentos foram desenhados da seguinte forma: treina-se primeiramente uma equipe de professores-instrutores e esses multiplicam os conhecimentos adquiridos, bem como a metodologia aplicada, pelo Brasil. A metodologia desenvolvida contempla a utilização de uma série de materiais: apresentações, apostilas de treinamento**, etc., que alia conhecimento teórico e prático (15% das aulas são teóricas e 85% práticas), porque entendemos a necessidade de enfatizar na área de refrigeração a metodologia do “aprender fazendo”.

É um programa único e que faz diferença para as pessoas, empresas e setores envolvidos, porque nele é realizado um trabalho contínuo de multiplicação de conhecimento, que impacta todo o modo de fazer e a cultura do mercado de refrigeração no País.“

Novos fluidos: desafios

“Nós vemos que os desafios futuros na área da refrigeração são enormes. Os técnicos terão de se qualificar melhor para a utilização das novas substâncias que devem chegar ao mercado com a eliminação do HCFC-22.

Eles precisam se preparar, atualizar os conhecimentos, principalmente para a aplicação dos procedimentos de boas práticas para operar com os outros tipos de fluídos frigoríficos.

As novas substâncias (de fluidos frigoríficos) exigem melhor capacitação e responsabilidade em relação à segurança e, especialmente, respeito ao consumidor, para a realização de serviços técnicos de qualidade. Elas têm propriedades químicas totalmente diferentes do R-22. Algumas são inflamáveis, outras tóxicas, então a responsabilidade sobre vazamentos é muito maior. Assim, tudo o que o curso de Boas Práticas do PBH ensina sobre evitar vazamentos poderá ser aplicado com essas novas substâncias. Esses conhecimentos básicos precisam ser assimilados pelos técnicos.” 

Empresas têm grande responsabilidade

“É um desafio bastante grande tanto para os técnicos quanto para as empresas, especialmente das prestadoras de serviços. Essas empresas têm responsabilidade e precisam investir nos seus técnicos, apoiando-os com capacitação e treinamento adequado, seja com capacitações nas instalações da própria empresa, seja por meio de cursos técnicos em alguma instituição qualificada.

O desafio será evitar riscos maiores. Quando a gente fala de R-22, o risco é baixo. Mas quando falamos de fluídos alternativos, os riscos associados podem ser maiores. À medida que vai se eliminando o R-22 a responsabilidade de técnicos e empresas crescem.

Quem realizar um serviço de refrigeração e/ou climatização precisará realmente ter conhecimento do que está fazendo, e precisará, também, se responsabilizar pelo trabalho realizado e resultados. A mensagem fundamental para os técnicos é: Nunca parem de estudar!

A gente nunca é dono do conhecimento. A gente nunca tem o conhecimento pleno de nada. Estamos sempre aprendendo. O conhecimento não é pontual, não. A gente precisa aprender técnicas, conhecer o mercado, buscar inovações, saber o que está acontecendo.”

Eficiência e retorno monetário

“A responsabilidade do técnico de refrigeração e climatização hoje vai muito além da instalação ou manutenção de um equipamento, a responsabilidade também é ambiental, para não ter vazamento.

Há também a responsabilidade sobre a eficiência energética, pois um equipamento mal instalado consume mais energia. É preciso saber especificar a carga correta de fluido para o sistema. São inúmeras habilidades que o técnico precisa adquirir, por isso é preciso que esse profissional seja reconhecido e remunerado adequadamente pelo mercado. E isso só irá acontecer quando o técnico provar para as pessoas e clientes que ele é um profissional qualificado. Assim o retorno monetário e o reconhecimento pelo trabalho de qualidade acontecem.”

*Frank, 42 anos, é analista ambiental da Coordenação-Geral de Proteção da Camada de Ozônio, da Secretaria de Mudança do Clima e Florestas do Ministério do Meio Ambiente. O engenheiro, especialista na área, atua na equipe responsável pela coordenação do Programa Brasileiro de Eliminação dos HCFCs (PBH), que inclui a implementação do curso “Boas Práticas em Sistemas de Ar Condicionado do Tipo Janela e Mini-Split”. 

** As apostilas estão disponíveis para download. Acesse:  www.boaspraticasrefrigeração.com.br

Primeira turma do curso de Boas Práticas em Sistemas de Ar condicionado é formada pelo Senai Taguatinga

As aulas da primeira turma de técnicos de refrigeração do curso de “Boas Práticas em Sistemas de Ar Condicionado do Tipo Janela e Mini-Split” no Senai Taguatinga, em Brasília-DF, aconteceram entre os dias 27 de agosto a 5 de setembro e mais turmas estão programadas para os próximos meses. Segundo a diretora do Senai, Janaína Braga D´Almeida, a expectativa é grande. “Esse curso traz muitas expertizes e tecnologias novas para nossa área de refrigeração. Esperamos que ele seja apenas o começo de uma longa parceria de sucesso. É um projeto muito bom e também muito bem divulgado, assim temos mais visibilidade e podemos alcançar muito mais alunos”, afirma.

Com 25 anos na área de ar condicionado e 22 anos como instrutor do Senai-DF, Joaquim Venâncio Lourenço Ribeiro, pedagogo, técnico em edificações e especialista no setor, 52 anos, vê nesse curso a oportunidade para os técnicos ampliarem ainda mais seus conhecimentos. “Para nós instrutores, que vamos multiplicar esses conhecimentos para os alunos, foi essencial entender melhor as novas técnicas apresentadas nesse novo curso e saber também manipular os novos equipamentos e ferramentas disponibilizados, as novas tecnologias. É um curso espetacular”, afirma.

Para Ribeiro, o técnico da área de refrigeração e climatização hoje tem de pensar que deixando os fluidos frigoríficos vazarem ele prejudica o meio ambiente e a si próprio. “Hoje o técnico deve ter uma preocupação muito grande com o meio ambiente, assim como deve ser grande a preocupação com o desperdício de dinheiro que há quando se dispersa fluidos frigoríficos caros durante a instalação e manutenção dos sistemas de ar condicionado. Nesse curso nós podemos mostrar muito bem que hoje, além dele prejudicar o meio ambiente quando libera os fluidos, ele tem um gasto muito maior com isso; e é muito fácil evitar essas consequências, basta conhecer e aplicar as técnicas e as boas práticas”, afirma.  

As inscrições para as próximas turmas do Senai-DF estão abertas. “Além de divulgar o curso por meio de nossos grupos de instrutores e técnicos por meio do WhatsApp, nós já estamos comentando essas novidades em salas de aulas de outros cursos do Senai. Assim, muitos técnicos já estão fazendo suas matrículas. Além disso, também vamos divulgar para as empresas prestadoras de serviços da área que atuam na região do DF, para que elas incentivem seus técnicos a cursarem esse curso”, explica.   

Técnicos elogiam curso

Os técnicos da primeira turma do Senai-DF ficaram surpresos com a quantidade e qualidade dos conhecimentos disponibilizados pelo instrutor Gabriel Souza Cardoso (foto com os alunos), durante o curso, mesmo sendo eles profissionais com bons anos de experiências na área.

Ageu Pereira da Costa, 62 anos, com mais de três anos de experiência em instalação e manutenção de ar condicionado (mas há anos atuando com outros tipos de maquinário pesado), afirma que o curso ajudará muito a elevar a qualidade dos seus serviços e, com isso, economizará tempo e dinheiro e ainda irá atuar de forma correta, preservando o meio ambiente.

“Hoje quem não recicla, não aprende, não chega a lugar nenhum. Esse já é o quinto curso que faço aqui no Senai. Se você não souber as técnicas corretas, você fica atrasado no tempo e ainda demora mais nos trabalhos. Com técnicas novas, como as de brasagem e reciclagem de fluidos que aprendi nesse curso, as chances aumentam de executar um bom serviço e em menos tempo. Você não fica parado imaginando: ´e agora vou fazer isso ou aquilo´. Você tem convicção daquilo que vai fazer. Na medida em que eu faço um bom trabalho, sou chamado novamente, e amplio meus ganhos”, explica Ageu Costa.

Outro técnico, aluno dessa primeira turma, Washington Silva Dias, 41 anos, sempre trabalhou para empresas na instalação e manutenção de sistemas de ar condicionado, e hoje, depois de recentemente ficar desempregado, está atuando como autônomo até conseguir uma nova colocação. Para ele esse curso trouxe a possibilidade de melhorar seus conhecimentos e assim voltar a se recolocar no mercado.  “Eu já deixei de arrumar emprego porque não tinha curso”, afirma. “Agora vou conseguir!”

Dias conta que esse foi o primeiro curso da sua vida. “Não vou mentir. Essa é a primeira vez na minha vida que estou fazendo um curso. Mas gostei tanto que já estou querendo fazer outros aqui no Senai”, revela, explicando como o curso é importante para ampliar a conscientização dos técnicos sobre os danos que os fluidos frigoríficos podem causar ao meio ambiente.

 “Esse curso ajudou na minha conscientização sobre os problemas de soltar os ´gases´ no meio ambiente. Eu já tinha alguma consciência disso, mas não totalmente. Nesse curso eu aprendi os meios como evitar esses vazamentos, que eu não sabia. O curso é muito bom. Para mim (apesar da experiência) pareceu tudo novo, ferramentas novas, técnicas novas, e esse aprendizado eu vou levar comigo, para a minha vida”, afirma Dias.

Paulo Cesar Souza Martins Cardoso, 49 anos, que atua há dez anos com instalação e manutenção de ar condicionado, é outro técnico que veio fazer o curso no Senai Taguatinga. Ele já realizou mais de dez cursos pelo Senai e tem duas faculdades (engenharia mecânica e pedagogia), mas, mesmo assim, afirma que assimilou vários conhecimentos novos nas aulas. “O curso acrescentou muito. Eu já usava recolhedora, mas não da forma correta como é mostrada no curso. Eu tinha até vendido a minha e recolhia o gás em um kit de saco. Eu recolhia o gás e levava para uma loja de um amigo, que tinha recicladora, e ele reciclava para mim, porque o gás é caro… Mas a maioria dos meus colegas, soltam o gás na própria casa do cliente. Agora, depois desse curso, vou comprar novamente uma recolhedora, porque sei que vale a pena. O cliente, principalmente firmas/empresas, com vários aparelhos de ar condicionado, nota quem tem o equipamento certo, quem trabalha direito. Eu quero me aprimorar”, afirma.

Cursos de Norte a Sul

O curso de “Boas Práticas em Sistemas de Ar Condicionado do Tipo Janela e Mini-Split”, que é gratuito, faz parte da Etapa 2 do Programa Brasileiro de Eliminação dos HCFCs (PBH), que começou a ser implementada no final do ano passado, e seguirá até 2020, sendo ministrado em escolas técnicas parceiras em todas as cinco regiões do País.  

O PBH é coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA), e os projetos para o setor de serviços, como esse curso, são implementados pela agência bilateral parceira do PBH, a Cooperação Alemã para o Desenvolvimento Sustentável por meio da Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ) GmbH.

Para mais informações sobre o curso no Senai-Taguatinga, entre em contato com a Sra. Luciana Coelho, pelo tel.: (61) 3353-8710

Eliminação dos HCFCs: Treinamento dos Treinadores no curso de Boas Práticas em Refrigeração Comercial acontece com sucesso em Natal

Instrutores das unidades SENAI dos estados do Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rondônia e Rio Grande do Norte participaram do Treinamento dos Treinadores para ministrar o novo curso de “Boas Práticas em Sistemas de Refrigeração Comercial”. O treinamento aconteceu com sucesso entre os dias 11 e 14 de setembro, no Centro de Tecnologias do Gás & Energias Renováveis, o CTGAS-ER, uma das sete unidades que compõem o SENAI-RN, localizado na capital do Rio Grande do Norte, Natal.

O diretor regional, Emerson da Cunha Batista, responsável por todas as unidades SENAI no Rio Grande do Norte, afirma que a parceria com o   Programa Brasileiro de Eliminação dos HCFCs (PBH) para realizar esse curso é muito importante. “Essa inovação trazida por esse curso é muito bem-vinda em um momento em que as preocupações com o meio ambiente são constantes no nosso dia a dia, como acompanhamos na imprensa e nos órgãos ambientais em nível mundial. Assim, conseguir trazer esses conhecimentos, com essas novas tecnologias para um estado como o nosso, o Rio Grande do Norte, e poder ser um difusor desses novos conhecimentos é uma grande satisfação, ainda mais recebendo professores de outros estados”, afirma.

Cândida Amália Aragão de Lima, diretora do CTGAS-ER, expressa a mesma satisfação. Funcionária de carreira do Senai-RN há 22 anos, ela afirma que logo que conheceu o edital sobre esse projeto viu que não tinha como o SENAI-RN não participar. “Nós somos a unidade do Senai Brasil que tem uma atuação referenciada em refrigeração e climatização, uma área em que atuamos muito bem, e, portanto, não tinha como não abraçar esse desafio, que está muito alinhado com a nossa missão, que é ofertar educação profissional e tecnologia e inovação, mas também com uma preocupação muito forte com as questões ambientais. Portanto, a parceria com o Ministério do Meio Ambiente e a GIZ nesse projeto é muito importante para nós. Nossa equipe de instrutores e funcionários está bastante empolgada e mobilizada para realizar esses cursos da melhor forma aqui em Natal e em Mossoró, e também faremos parte dos cursos em parceria com a unidade de Pernambuco”, afirma.

A diretora explica que elaborou um plano de divulgação para a mobilização de alunos (técnicos com no mínimo três anos de experiência), articulando o apoio com o sindicato dos refrigeristas e de entidades setoriais e empresas privadas, que vendem e usam componentes da área, como supermercados, por exemplo. “Nosso objetivo é preparar os alunos para que trabalhem com a refrigeração preocupados com as questões ambientais. Esse é nosso maior propósito”, afirma Cândida Lima.

Parceria Senai é fundamental

Durante esse treinamento, Frank Edney Gontijo Amorim, engenheiro e  analista ambiental do Ministério do Meio Ambiente, que veio especialmente ao Rio Grande do Norte para realizar a abertura desse curso,  afirma que a parceria com o sistema Senai, e, em especial, com o Senai-RN, é fundamental para que o objetivo do programa, que é conter os vazamentos de HCFCs se realize. “Os desafios futuros na área da refrigeração no Brasil são enormes. Os técnicos precisam se qualificar melhor não só para utilizar os HCFCs, como proposto neste curso, mas também para a utilização das novas substâncias que estão chegando no mercado”, afirma.

Ao final do Treinamento dos Treinadores, Stefanie von Heinemann, gerente do projeto pela GIZ, agradeceu muito por todo o apoio recebido pelo Senai-RN e também pela grande participação dos instrutores das demais unidades Senai (Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro e Rondônia), que foi fundamental para o sucesso de mais esse treinamento. “O grande apoio da direção do CTGAS-ER e a excelente participação dos instrutores fizeram o sucesso desse treinamento, que com certeza terá muitos frutos, com muitos técnicos capacitados em todos esses estados. Esse é o nosso grande objetivo”, afirma.

O programa PBH é coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA) e conta com a implementação dos projetos no setor de Serviços (como esse curso) pela Cooperação Alemã para o Desenvolvimento Sustentável por meio da Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ) GmbH, agência bilateral parceira do PBH.

Essa edição do Treinamento dos Treinadores, implementada pela equipe da GIZ (Stefanie von Heinemann e o mestre-instrutor, Eduardo Gusmão), é a sétima realizada durante a Etapa 2 do PBH (2017 a 2023), na qual serão capacitados um total de 9.238 técnicos em cursos de boas práticas para contenção de vazamentos em sistemas de ar condicionado e refrigeração comercial. Todos os cursos, que contam com novas tecnologias e equipamentos, são totalmente gratuitos.

Para mais informações sobre o curso de boas práticas na área de Refrigeração Comercial:

Rio de Janeiro: Senai-RJ, Sra. Martha Matilde Fernandes Boulte de Souza Renha Weiss Senise, Tel: (21) 2587-4800

Rio Grande do Norte/Pernambuco: CTGAS-ER, Sra. Janaína de Fontes Guedes Lima, Tel: (84) 3204-8000

Rondônia: Senai-RO, Sra. Juliane Loubach Sordino, Tel: (69) 3217-9835

Paraná: Escola Senai Toledo, Prof. Nelson Chetevik de Oliveira, Tel: (45) 3379-6169

SENAI Porto Alegre inicia cursos de boas práticas em sistemas de ar condicionado com turmas lotadas

O Instituto SENAI de Tecnologia em Alimentos e Bebidas, Visconde de Mauá, localizado em Porto Alegre (RS), iniciou as aulas do novo curso de “Boas Práticas em Sistemas de Ar Condicionado do Tipo Janela e Mini-Split” no início de setembro e já está com cinco turmas fechadas (16 técnicos por turma). Restam poucas vagas abertas para a última turma programada para este ano (a finalização da última turma ocorrerá no dia 15 de dezembro). “Começamos muito bem as turmas, todas lotadas de alunos, e nossa expectativa é continuar assim por todo o ano de 2019”, afirma Felipe Andreolla, supervisor de Educação e Tecnologia do Senai Visconde de Mauá.

Segundo Andreolla, o sucesso na lotação das turmas se deu pela boa divulgação do novo curso. “Como para nós do Senai esse curso é muito importante para a qualificação dos alunos, nós tomamos diversas iniciativas para divulgá-lo”, conta. “Nós fizemos, por exemplo, anúncios pagos na edição da Revista da Asbrav (Edição da Mercofrio 2018) e no jornal Diário Gaúcho. Além disso, também estamos realizando parcerias com fornecedores da área que nos ajudam a divulgar aos técnicos. A Dufrio, por exemplo, além de divulgar o curso está fazendo uma promoção em que o aluno que se inscreve ganha 5% de desconto em uma recolhedora de fluidos refrigerantes. Outra iniciativa, além da divulgação via nossos grupos de WhatsApp, foi enviar um e-mail-marketing falando sobre a abertura das inscrições para 14 mil nomes do nosso mailing de alunos e ex-alunos. E as iniciativas não param por aí, temos mais parcerias com fornecedores e entidades ligadas à área de refrigeração e climatização para serem fechadas em breve”, explica o supervisor.

Instrutores experientes

Foram capacitados seis instrutores do Senai Visconde de Mauá, profissionais com grande experiência na área, para ministrar esse novo curso, entre eles o instrutor dessas primeiras turmas, Handerson França Leão, natural de Goiânia, Goiás, que já havia participado como professor do curso para refrigeração comercial (1ª. Etapa do PBH) na sua cidade natal. “O projeto é belíssimo. Gostei muito de atuar na primeira fase e minha expectativa, agora de casa nova (o Senai Visconde de Mauá), é grande nesta segunda etapa. Quando a gente faz o que a gente gosta é ótimo:  o contato com o aluno, o aprendizado, a troca de ideias, de conhecimentos.  É tudo muito bom. O curso é ótimo para o aprimoramento dos técnicos, que tiram grande proveito de todo material (apostilas, equipamentos, novas tecnologias) apresentado”, afirma. “Mesmo para aqueles que atuam há bastante tempo no mercado e já realizaram outros cursos, esse novo curso é a possibilidade de aprender ainda mais e todos gostam muito”, complementa.

Outro instrutor já bastante familiarizado com o projeto, Jeferson Munhoz dos Santos Nobre, afirma que o curso chama bastante a atenção dos alunos. “Na primeira etapa do curso de refrigeração comercial que demos, a demanda de alunos foi bem grande, por ser gratuito, e pela necessidade dos alunos de se reciclarem, de se atualizarem. Acredito que a demanda desse novo curso poderá ser maior ainda, porque há ainda mais técnicos atuando nessa área de sistemas de ar condicionado.  Além disso, nossa unidade Senai é um polo de refrigeração, uma referência que atrai técnicos de todo o estado. A Fiergs está investindo muito, em mais espaço para a área de refrigeração, que está crescendo bastante no estado”, explica.

O curso de “Boas Práticas em Sistemas de Ar Condicionado do Tipo Janela e Mini-Split” faz parte da Etapa 2 do Programa Brasileiro de Eliminação dos HCFCs (PBH). As aulas começaram a ser realizadas no final do ano passado e seguirão ministradas por diversas escolas técnicas, distribuídas pelas cinco regiões geográficas do Brasil, até 2021.

O PBH é coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA), e os projetos para o setor de serviços, como esse curso, são implementados pela agência bilateral parceira do PBH, a Cooperação Alemã para o Desenvolvimento Sustentável por meio da Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ) GmbH.

Para mais informações sobre o curso na Escola SENAI Visconde de Mauá, em Porto Alegre (RS) contate:

Sr. Felipe Andreolla

E-mail: felipe.andreolla@senairs.org.br

Fone: 51 3904 2616 Celular: 51 99159 4633 ou 51 98462 8656 (WhatsApp)

www.senairs.org.br

Acompanhe os depoimentos dos instrutores do Senai-RS pelo Facebook. Acesse:

https://www.facebook.com/camadadeozonioerefrigeracaoeclima/

Campeões da Proteção do Meio Ambiente: Instrutores, campeões da refrigeração, ministram o curso de Boas Práticas em Sistemas de Ar Condicionado do tipo Janela e Mini-Split no Senai-DF

As escolas técnicas têm tradição em promover competições técnicas no país e no exterior.  A Olimpíada do Conhecimento*, organizada pelo sistema SENAI, é o maior evento nacional no quesito refrigeração, e dela saem campeões que vão disputar torneios internacionais como o WorldSkill, organizado pela WorldSkills International.

Há vários exemplos de campeões pelo país como Willian Ramon Grassioti de Sousa (foto), atualmente com 27 anos, que aos 16 anos entrou no SENAI Taguatinga (DF) para fazer um curso de qualificação em refrigeração, inspirado pelo pai que atuava na área, e mudou sua vida. Depois de ser campeão estadual e nacional, ele foi Campeão Mundial da Refrigeração, na WorldSkills Londres 2011, onde disputou com profissionais de dezesseis países. Essa vitória lhe valeu entre outras coisas uma bolsa para a faculdade de engenharia, oferecida pelo SENAI, e, posteriormente, o convite para ser instrutor.

Willian Grassioti, como é conhecido, hoje, engenheiro formado, é um dos instrutores do novo curso de Boas Práticas em Sistemas de Ar Condicionado do tipo Janela e Mini-split no Senai-DF, que é totalmente gratuito e acessível aos técnicos com mais de três anos de atuação no mercado de trabalho. “Ao meu ver o curso do PBH traz muito crescimento e evolução para a nossa área. É muito bom poder disseminar essas informações tão importantes para diversos técnicos”, afirma.

O instrutor campeão mundial é exemplo para os colegas de profissão e por isso se empenha em passar todos os conhecimentos que aprende.  “Hoje, eu, como disseminador de conhecimento, entendo que é necessário reciclar todos os técnicos que estão no mercado de trabalho no Brasil. Muitos deles têm muita experiência, dez a vinte anos de atuação, mas eles precisam aprender as boas práticas para evitar os vazamentos de fluidos refrigerantes, que agridem o meio ambiente. Além disso, eles precisam ficar aptos para lidar com esses novos fluidos que estão entrando no mercado brasileiro. Isso é urgente!” Por isso, Willian Grassioti ressalta a importância desse curso de Boas Práticas do PBH para ampliar o conhecimento dos profissionais da área. “Essas novas tecnologias, internacionais, trazidas por esse novo curso representam avanços para a nossa área, assim nossas escolas podem preparar melhor os profissionais”, afirma.

Fábrica de campeões

O veterano instrutor Joaquim Venâncio Lourenço Ribeiro, 52 anos, com 35 anos de trabalho na área e 22 no SENAI Taguatinga, fala com satisfação da ênfase dada pela instituição ao bom treinamento dos seus alunos, que acabam chegando a instrutores ou a empresários do setor. “Nossa área de refrigeração aqui no Senai Taguatinga é pequena em relação a outras do País, como São Paulo e Rio Grande do Sul, mas hoje já somos uma referência. Daqui saiu um campeão mundial de refrigeração, o William, em 2010. Temos outro garoto, o professor Gabriel, que também está ministrando o curso do PBH agora, que foi campeão das Américas, em Bogotá, em 2013. Lá ele disputou com todos os campeões das Américas do Sul, Central e do Norte. E temos também o jovem Wisley, que foi campeão nacional em 2016, em Pernambuco e, depois, disputou o mundial em Abu Dhabi, em 2017, ficando em quarto lugar na disputa que envolveu 25 países”, conta orgulhoso dos seus alunos, agora colegas instrutores.

Gabriel Souza Cardoso, 25 anos, campeão das Américas 2013, foi o instrutor escolhido para ministrar as aulas das primeiras turmas do curso de Boas Práticas do PBH no Senai Taguatinga. Ele também elogia bastante o novo curso e fala da importância da ênfase na proteção do meio ambiente. “O curso do PBH mudou bastante a minha visão sobre o uso de alguns equipamentos e a forma de realizar técnicas. Mesmo com todo o treinamento que tive para as Olimpíadas, com mais de 2 mil horas de treinamento, e com a experiência que tive no mercado, o curso me acrescentou muito para aperfeiçoar ainda mais as boas práticas, para evitar os vazamentos de fluidos refrigerantes no meio ambiente.  É o que eu falo para os meus alunos: a gente está sempre aprendendo”, afirma.

A história do mais novo instrutor do Senai Taguatinga, Wisley Silva Pereira, 22 anos é um bom exemplo de como a aprendizagem, em boas escolas como o Senai, pode mudar vidas. Ele saiu de Serra Dourada em 2015 para ir morar com o irmão e trabalhar numa pequena empresa na área de instalação e manutenção de ar condicionado do tio, para, como ele mesmo diz “procurar ter uma vida melhor” e nesse mesmo ano começou a fazer o curso de qualificação, na área de refrigeração, no Senai Taguatinga.  Em poucos meses, seu bom desempenho o levou ao treinamento para as Olimpíadas, sob os cuidados dos professores Joaquim, William (Campeão mundial 2011) e do próprio Gabriel (campeão das Américas 2013). E, depois de enfrentar uma maratona de treinamentos de mais de 4 mil horas, ele foi campeão estadual, nacional (concorrendo com dez estados) e se classificou no quarto lugar no mundial em Abu Dhabi, em 2017, onde competiu com técnicos de 24 países. Com essa façanha ele ganhou do SENAI um curso de inglês e uma bolsa para a faculdade. Atualmente está cursando engenharia na Universidade do Distrito Federal.

“É muito significativo pra mim olhar para minha jornada e ver tudo que se passou. Mas é mais gratificante ainda poder ensinar aos outros técnicos, que estão trabalhando na rua, e podem ser beneficiados com o conhecimento técnico que eu consegui. E eu poder passar esse conhecimento pra eles, num curso como esse do PBH, que nos ajuda a evitar vazamentos, protegendo a natureza e ainda economizando dinheiro, é muito gratificante mesmo. Eu explico aos meus alunos: ´Podem tirar nossos bens financeiros. Mas o conhecimento, não! É seu para a vida toda!’”.

Como bem diz a diretora do SENAI Taguatinga, Janaína Braga D´Almeida, ao lado de sua mesa repleta de troféus (réplicas de premiações desses jovens e de muitos outros das dezessete áreas da instituição, cuja unidade tem mais de 17 mil metros quadrados de área construída e atende por ano a 15 mil jovens): “Eu mostro esses troféus com muito orgulho do trabalho que realizamos. Temos muito orgulho desses jovens campeões da nossa escola. Eles são um grande exemplo para nossos alunos, que se inspiram nas suas conquistas.”

Cursos de Norte a Sul

O curso de “Boas Práticas em Sistemas de Ar Condicionado do Tipo Janela e Mini-Split” faz parte da Etapa 2 do Programa Brasileiro de Eliminação dos HCFCs (PBH). As aulas começaram a ser realizadas no final do ano passado e seguirão até 2020 de Nortes a Sul do País. O PBH é coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA), e os projetos para o setor de serviços, como esse curso, são implementados pela agência bilateral parceira do PBH, a Cooperação Alemã para o Desenvolvimento Sustentável por meio da Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ) GmbH

Veja fotos de todos os entrevistados em: https://www.facebook.com/camadadeozonioerefrigeracaoeclima/

Serviço:

Para mais informações sobre o curso do PBH no Senai-Taguatinga, basta contatar Luciana Coelho, pelo tel.: (61) 3353-8710

*As Olimpíadas do Conhecimento, organizadas desde 2001, são a maior competição de educação profissional e tecnológica das Américas, promovida pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), com o apoio de dezenas de empresas e organizações.

Primeiro vídeo da série “Capacitação em foco” mostra a história de sucesso de uma mulher pioneira na refrigeração no Brasil

Conheça o primeiro vídeo da série de documentários “Capacitação em foco: Depoimentos de Treinandos e Treinadores”, que tem como objetivo retratar a vida e obra de profissionais da refrigeração que difundem as boas práticas e as novas tecnologias do setor para a proteção do meio ambiente. O vídeo de lançamento mostra a história de sucesso de Jossineide Oliveira e Silva (imagem), natural de Porto Velho – Rondônia, que há 25 anos atua na refrigeração e, rompendo preconceitos e vencendo grandes desafios, construiu uma carreira de sucesso como instrutora no SENAI-Porto Velho, além de atuar também como consultora e empresária.

Neste ano de 2018 Jossineide tornou-se também a primeira instrutora mulher a ministrar os Cursos para Boas Práticas em Sistemas de Refrigeração Comercial e Ar Condicionado do Tipo Janela e Mini-Split no Brasil, sendo um grande exemplo para outras mulheres de todo o país que almejam trabalhar na área.

Os cursos de boas práticas, assim como essa nova série de vídeos, fazem parte do Projeto para o Setor de Serviços em Refrigeração e Ar Condicionado realizados no âmbito do Programa Brasileiro de Eliminação dos HCFCs, coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente do Brasil e implementado pela Cooperação Alemã para o Desenvolvimento Sustentável por meio da Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ) GmbH.  

A história de Jossineide, com esse lançamento em vídeo (em português e com legendas em inglês e em espanhol), terá alcance internacional, pois será apresentada na reunião da Rede Regional de Oficiais de Ozônio da América Latina e Caribe, a ser realizada no período de 1 a 4 de novembro de 2018 em Quito/Equador.

Ficha Técnica

Realização do Vídeo 

Ministério do Meio Ambiente e Cooperação Alemã para o Desenvolvimento Sustentável por meio da Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ) GmbH

Coordenação Geral

Magna Luduvice (MMA), Frank Amorim (MMA), Gabriela Teixeira Rodrigues Lira (MMA) e Stefanie von Heinemann (GIZ Proklima)

Direção e filmagem

Tiago Zenero

Formato

Vídeo com 7 minutos nas versões: Português, inglês e espanhol

Veja também a entrevista completa de Jossineide, que deu origem ao roteiro do vídeo: http://boaspraticasrefrigeracao.com.br/noticias_interna/85

Veja versão em português: 

CTGAS-ER inicia cursos de boas práticas em sistemas de ar condicionado e de refrigeração comercial

Desde o final de outubro, o Centro de Tecnologias do Gás & Energias Renováveis (CTGAS-ER), escola do sistema Senai, localizada em Natal,  no Rio Grande do Norte, está oferecendo dois cursos do Programa Brasileiro de Eliminação dos HCFCs (PBH): “Boas Práticas em Sistemas de Ar Condicionado do Tipo Janela e Mini-Split” e “Boas Práticas em Sistemas de Refrigeração Comercial”. Estes cursos, que apresentam novas tecnologias, são gratuitos, e estão com grande procura pelos técnicos da área.

 “Os cursos são muito bons. A maneira como eles são formatados, os materiais e os equipamentos”, afirma o instrutor José Rodrigues da Fonseca, de 51 anos, e com 32 anos de Senai, especialista na área reconhecido nacionalmente e internacionalmente. “Eu acho que coisas boas, como as mostradas nesse curso, é que agregam consciência profissional e ambiental. Um bom profissional precisa saber que deve se preocupar com a técnica e também com o meio ambiente, porque ele tem família. Então, a proposta desse curso é espetacular e, por isso, atrai muitos alunos.”

Segundo Rodrigues, a divulgação dos cursos pela escola e parceiros está sendo muito bem-sucedida. “Nós estamos divulgando bastante os cursos, por meio de sindicatos, entidades e de empresas parceiras, e os alunos estão comparecendo e se inscrevendo. Este ano fechamos todas as turmas completas e para o ano que vem, a nossa expectativa é também ter classes lotadas”, explica.

Outro instrutor do CTGAS-ER que ministra esses cursos, o experiente José Fernandes de Araújo Santos Filho, de 50 anos e com 31 anos de Senai, também afirma que a demanda de técnicos para esses cursos continuará grande no ano que vem. “Nossa expectativa é formar uma turma atrás da outra. Os técnicos precisam do conhecimento que disponibilizamos, em especial sobre as novas tecnologias, com novos equipamentos, e sobre as formas de evitar vazamentos, protegendo o meio ambiente”, afirma.

Essa demanda acontece, porque o mercado de refrigeração, além de muito aquecido no Estado, está cada vez mais exigente, como explica o instrutor Leonardo Oliveira Sabino, de 32 anos, e há 10 anos atuando no CTGAS-ER: “Hoje o mercado exige as boas práticas, e o técnico que não praticar, com os equipamentos certos, trabalhando com conhecimento, estará fora. É por isso que os técnicos, mesmo aqueles que atuam há muitos anos, estão vindo buscar informação aqui no CTGAS-ER, com cursos como esses”.

Turmas em Mossoró (RN) e Recife (PE)

Em 2019 esses dois cursos também serão ministrados no Rio Grande do Norte, na cidade de Mossoró, e em Pernambuco, em Recife, com todo o trabalho coordenado pelo CTGAS-ER.

O PBH é coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA), e os projetos para o setor de serviços, como os cursos de boas práticas, são implementados pela agência bilateral parceira do PBH, a Cooperação Alemã para o Desenvolvimento Sustentável por meio da Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ) GmbH.

Mais informações e inscrições:

CTGAS-ER – Janaína de Fontes Guedes Lima

Tel.: (84) 3204-8000

Profissionais da refrigeração debatem maior participação feminina no setor em evento na Fiesp -SP

Qual é o contingente atual de participação feminina no setor de refrigeração e ar condicionado? Como ampliar essa participação? Quais as histórias de sucesso das mulheres no setor? Como escolas, como o Senai-SP, atuam para ampliar o contingente feminino na área? Essas e outras questões foram debatidas no evento “Agora é que são Elas:  Mulheres  no AVAC&R 2018”, realizado no dia 5 de dezembro, na Fiesp-SP, que homenageou técnicas em refrigeração com carreiras de sucesso, como Jossineide Oliveira e Silva, primeira instrutora mulher a ministrar os cursos no Brasil de “Boas Práticas em Sistemas de Ar Condicionado do Tipo Janela e Mini-Split” e de “Boas Práticas em Sistemas de Refrigeração Comercial”. Esses cursos fazem parte das ações para o setor de Serviços do Programa Brasileiro de Eliminação dos HCFCs (PBH).

Além de Jossineide, foram homenageadas, no evento, mulheres de destaque no setor RAC, como a técnica em refrigeração com longa carreira na área, Carmosinda Santos (Equinix), a coordenadora pedagógica do Senai-SP, Simone Bálsamo (Senai-SP), a empresária Graciele Davince (Eletrofrigor), entre 30 mulheres homenageadas e aplaudidas por um auditório lotado com cerca de 300 pessoas.

A técnica Carmosinda Santos, que se apresentou como “Filha do Senai”, foi uma das primeiras palestrantes do evento, fez um discurso emocionado, falando da sua vida simples, das suas conquistas como técnica mulher, das dificuldades do trabalho diário: “Vocês não sabem o tamanho da importância do apoio de todos no setor, homens e mulheres, ao nosso trabalho no dia a dia. Estou falando como mulher, como técnica que coloca um condensador nas costas, que quebra uma parede, que fica o dia todo exposta ao sol para fazer uma manutenção. Muitas vezes nós não damos o devido valor ao ambiente climatizado que nós estamos e nem imaginamos o que acontece nos bastidores, ou seja, a dificuldade que os técnicos passam para oferecer o conforto do ar condicionado.”

Carmosinda exalta ainda a importância de valorizar o trabalho de todos os técnicos: “O propósito desse evento é não só exaltar a presença das mulheres na refrigeração. Mas também os nossos amigos, os nossos colegas (homens). Porque se hoje eu sou técnica em refrigeração atuando em equipamentos de grande porte, com Chillers (atuo no maior datacenter do mundo, na Equinix) é graças a esses colegas e amigos que me ensinaram, me auxiliaram, me deram a mão… Portanto, aproveito esse evento para pedir que os técnicos em refrigeração, homens e mulheres, bons profissionais, sejam mais valorizados”.

Também do Senai-SP, a coordenadora pedagógica da Escola Oscar Rodrigues Alves, Simone Balsamo, química, pedagoga e mestranda em Educação, falou sobre a escola, seus alunos e a participação feminina desde a década de 50, com técnicas tecelãs, até hoje, com técnicas em refrigeração se formando a cada ano. “Para falar da mulher no setor, eu busquei alguns dados da Revista do Frio que destaco, pois não há pesquisa no Brasil sobre a diversidade de mão de obra na área (refrigeração e climatização). Nos Estados Unidos, as mulheres no setor respondem por apenas 2% da mão de obra na área de refrigeração e climatização e também respondem por apenas 29% dos cargos de presidência na área”, afirmou, mostrando como ainda é pequena a participação de mulheres no setor de refrigeração no mundo. “Mas os gráficos mostram que, mesmo assim, sendo poucas, a participação das mulheres nos EUA está crescendo. Acho que essa é a tendência aqui no Brasil também. Nós do Senai-SP incentivamos e valorizamos a participação das mulheres em nossos cursos. Desde 1993 até agora tivemos 77 alunas formadas apenas no curso técnico em refrigeração. Em média, de cada turma com 36 alunos, uma é mulher. É muito pouco ainda, mas é uma participação crescente e elas põem a mão na massa (Simone mostrou várias fotos de alunas e professoras atuando). Nossa escola tem alunas, mas é preciso divulgar mais essa participação da mulher nessa área, mostrando que os cursos de técnicos em refrigeração e climatização são também para mulheres!”.

Menos preconceito, mais harmonia

Patrícia Corrêa Balan Abdalla, engenheira mecânica, gerente de Desenvolvimento da Rede de Concessionários da América Latina na Thermo King – empresa do Grupo Ingersoll Rand® Company, foi outra representante do universo feminino do setor de refrigeração a falar, como disse, não apenas sobre mulheres. “Não estamos aqui para falar sobre homens e mulheres. Estamos aqui para falar sobre nós”, evidenciando que é preciso uma mudança cultural, de homens e mulheres, para diminuir a visão preconceituosa e estereotipada de ambos. Ela revelou que sofreu muito bullying (violência psicológica) na carreira (engenharia) e que também tinha preconceito contra a participação das mulheres. Ela, por exemplo, resistiu inicialmente a participar de um programa para lideranças femininas no grupo em que atua. Depois, percebeu seu preconceito e a importância desse trabalho para ampliar o número de líderes mulheres. “Eu estava enganada. Foi um divisor de águas na minha vida, porque, ao ingressar em um programa para lideranças femininas, eu tive a oportunidade de escutar outras mulheres e perceber que essa questão da resiliência da autoconfiança, que eu achava que tinha, não é o que passa na maioria das mulheres. Eu percebi que, mesmo sendo mulher, eu era machista, pois procurava agir e me incorporar ao ambiente masculino em que atuava. Muitos colegas diziam: ‘Você é muito legal, você pensa e fala igual homem´. Foi um processo de transformação. Aprendi muito”, afirma Patrícia.

A gerente da Thermo King fala sobre os caminhos para ampliar a diversidade de gênero no setor de refrigeração. “Hoje quando a gente fala da qualificação profissional e do mercado de trabalho, independentemente de serem mulheres ou homens, todos precisam se qualificar, principalmente com as mudanças da Indústria 4.0 que estão aí. Mas, quando a gente fala em setores técnicos como o de refrigeração, o número de mulheres participando ainda é muito baixo. Então, o que a gente percebe é uma mensagem muito positiva: existem oportunidades para as mulheres nesse setor. Contudo, o desafio é criar um ambiente de inclusão para que as mulheres se sintam encorajadas a entrar nesse setor e avançar”, afirma. Para Patrícia, é preciso coragem, porque o processo é longo e envolve tentativas e erros. Mas vale a pena começar a trabalhar em um ambiente nas empresas que amplie o respeito pelas diferenças. “Vamos respeitar as diferenças. Somos diferentes sim (nós mulheres) e vamos praticar a gentileza para poder conquistar nosso espaço, privilegiando características femininas tão bonitas, como ser gentil.”

Para ampliar a participação das mulheres no setor de refrigeração, Patrícia sugere ampliar a reflexão sobre a participação da mulher no setor, combatendo os ‘clubes do bolinha’, o bullying, deixando as mulheres falar e se manifestar, ampliando sua confiança e, portanto, incentivando sua participação. “Nós precisamos olhar para nossas empresas, para esse mercado, para fazer com que essas mulheres possam trabalhar, executar suas funções, com liberdade de serem quem são e encontrarem um ambiente propício”, afirmou.

Homens e mulheres juntos no setor

“É significativo o crescimento da participação das mulheres nessa indústria. Vemos cada vez mais engenheiras, arquitetas, professoras, líderes empresariais e vendedoras atuando na área. É fantástico ver as mulheres rompendo estereótipos e mudando paradigmas, num mercado em que a mão de obra masculina ainda reina soberana”, afirmou o jornalista Paulo Fernando Costa, repórter da Revista do Frio, que mediou o primeiro debate da noite. Outro mediador dos debates, o diretor da Camfil na América Latina, Paul Clevelan, também falou da importância do incentivo à participação feminina no setor: “O nosso espírito aqui é de contribuir, de trabalhar, para que consigamos, em algum momento, essa igualdade entre homens e mulheres no setor. Uma luta que já se estabelece há algum tempo e que surge pela composição cultural e aspectos socioeconômicos do nosso país, no qual percebemos mudanças e, hoje, está em vias de se conseguir essa igualdade no mercado de trabalho, nas oportunidades e na questão de rendimentos.”

O evento, promovido pelo Sindratar-SP – Sindicato da Indústria de Refrigeração, Aquecimento e Tratamento de Ar no Estado de São Paulo, e pela ASHRAE Brasil Chapter – sociedade norte americana voltada ao setor, foi realizado em auditório no prédio da Fiesp, em São Paulo (SP). Durante a abertura, o presidente do Sindratar-SP, Carlos Eduardo Trombini, agradeceu a participação de todos, especialmente das mulheres, e elogiou a maciça participação das mesmas nos eventos, já adiantando a possibilidade de outras edições. O mesmo propósito foi defendido pelo presidente da ASHRAE Brasil, co-promotora do evento, Bruno Martinez, que destacou a participação de mais mulheres na entidade.

O evento contou também com a presença de várias autoridades, como a Secretária de Políticas Públicas para Mulheres, do Governo Federal, Naura Requia Schneider. Na oportunidade a secretária destacou a importância de o Governo Federal se aproximar das questões que envolvem o universo da refrigeração, uma vez que cabe à Secretaria criar políticas públicas que permitam às mulheres exercerem sua cidadania dentro da sociedade brasileira. No evento, o presidente do Fenemi, Marco Aurélio Candia Braga, deu uma grande notícia para setor: a decisão do CONFEA de instituir o Dia Internacional das Mulheres na Engenharia.

Veja mais a respeito do evento “Agora é que são elas” em: https://www.sindratarsp.com.br/single-post/2018/12/07/Agora-%C3%A9-que-S%C3%A3o-Elas-discute-futuro-da-presen%C3%A7a-feminina-no-AVACR e http://revistadofrio.com.br/2018/12/ashrae-brasil-e-sindratar-sp-homenageiam-mary-

Novos cartazes divulgam cursos do PBH no País

Todas as Escolas Parceiras* da Etapa 2 do Programa Brasileiro de Eliminação dos HCFCs (PBH), além de parceiros da indústria e do comércio, estão recebendo nesse início de ano cartazes que divulgam os cursos de “Boas Práticas em Sistemas de Ar Condicionado do Tipo Janela e Mini-Split” e de “Boas Práticas em Sistemas de Refrigeração Comercial”.

 “A comunicação para nós é fundamental para o trabalho que realizamos de disseminação de boas práticas, por isso investimos sistematicamente em novos materiais de divulgação, que agora estão sendo disponibilizados para todos os nossos parceiros no País”, afirma Frank Amorim, analista ambiental no Ministério do Meio Ambiente (MMA).

Foram criados três modelos de cartazes, sendo um para o público em geral, com dados sobre o trabalho do PBH para o setor de serviços, e outros dois focados especialmente na disseminação dos cursos de boas práticas em refrigeração comercial e em climatização, para que mais alunos tenham acesso aos mesmos.

Com um tamanho fácil de ser colocado em quadros de avisos das escolas, por exemplo, e com um design bonito e moderno, os novos cartazes trazem mensagens que incentivam as boas práticas de instalação e manutenção de sistemas de refrigeração e ar condicionado e a redução dos vazamentos de fluidos frigoríficos no meio ambiente.

Cursos de Norte a Sul

Os cursos de “Boas Práticas em Sistemas de Ar Condicionado do Tipo Janela e Mini-Split” e de “Boas Práticas em Sistemas Refrigeração Comercial” são gratuitos. Eles fazem parte da Etapa 2 do PBH, que começou a ser implementada no final de 2017, e seguem até 2020, sendo ministrados em escolas técnicas parceiras em todas as cinco regiões do País. 

O PBH é coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA), e os projetos para o setor de serviços, como esses cursos, são implementados pela agência bilateral parceira do PBH, a Cooperação Alemã para o Desenvolvimento Sustentável por meio da Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ) GmbH.

Download: http://boaspraticasrefrigeracao.com.br/publicacoes

 * As Escolas Parceiras da Etapa 2 do PBH são: CESP-AM, IFBA -BA, NETCOM-MA, SENAI-DF, SENAI-MT, SENAI-GO, SENAI-PR, SENAI-RO, CTGAS-RN, SENAI-PE, SENAI-RS, SENAI-SC, SENAI-RJ e SENAI-SP.

Nova régua técnica é disponibilizada para alunos dos cursos do PBH

Todas as escolas técnicas parceiras* do PBH estão recebendo, neste início de ano, a nova régua técnica para disponibilizar informações importantes em relação ao recolhimento seguro de fluidos frigoríficos.  As réguas serão distribuídas de forma gratuita a todos os alunos formados nos cursos do PBH. Atualmente estão sendo realizados cursos presenciais de “Boas Práticas em Sistemas de Ar Condicionado Tipo Janela e Mini-Split” e de “Boas Práticas em Refrigeração Comercial” em 14 estados, atendendo mais de 8.000 técnicos de refrigeração.

As réguas possuem informações como, por exemplo, a fórmula para calcular o peso máximo do cilindro de recolhimento de fluido frigorífico, a sua classificação pela norma ASHRAE 34-2010, pressão máxima de trabalho adequada dos cilindros de recolhimento, entre outros dados.

“Nosso objetivo com a distribuição dessas réguas é facilitar o trabalho diário dos técnicos em refrigeração, que realizam as boas práticas e recolhem sistematicamente os fluidos frigoríficos, evitando a liberação no meio ambiente”, afirma Frank Amorim, analista ambiental no Ministério do Meio Ambiente (MMA).

Práticas de serem usadas, as novas réguas foram confeccionadas em material permeável e durável, para facilitar o seu manuseio no dia a dia, e num tamanho prático que facilita seu transporte, além do design clean, que facilita a visualização dos dados.

Download: http://boaspraticasrefrigeracao.com.br/publicacoes

* As Escolas Parceiras da Etapa 2 do PBH são: CESP-AM, IFIBA -BA, NETCOM-MA, SENAI-DF, SENAI-MT, SENAI-GO, SENAI-PR, SENAI-RO, SENAI-RN, SENAI-PE, SENAI-RS, SENAI-SC, SENAI-RJ e SENAI-SP.