Nossa missão: Proteção da Camada de Ozônio
O Projeto para o Setor de Serviços, cujas informações são disponibilizadas nesse site, faz parte do Programa Brasileiro de Eliminação dos HCFCs (PBH), que atua no âmbito do Protocolo de Montreal para ajudar a proteger a Camada de Ozônio do nosso Planeta.
Ozônio é vida
O ozônio (O3) é um dos gases que compõe a atmosfera e cerca de 90% de suas moléculas se concentram entre 20 e 35 km de altitude, região denominada Camada de Ozônio. Sua importância está no fato de ser o único gás que filtra a radiação ultravioleta do tipo B (UV-B), nociva aos seres vivos.
O ozônio tem funções diferentes na atmosfera, em função da altitude em que se encontra. Na estratosfera, o ozônio é criado quando a radiação ultravioleta, de origem solar, interage com a molécula de oxigênio, quebrando-o em dois átomos de oxigênio (O). O átomo de oxigênio liberado une-se a uma molécula de oxigênio (O2) formando assim o ozônio (O3). Na região estratosférica, 90% da radiação ultravioleta do tipo B é absorvida pelo ozônio. Ao nível do solo, na troposfera, o ozônio perde a função de protetor e se transforma em um gás poluente, responsável pelo aumento da temperatura da superfície, junto com o óxido de carbono (CO), o dióxido de carbono (CO2), o metano (CH4) e o óxido nitroso.
Nos seres humanos a exposição à radiação UV-B está associada aos riscos de danos à visão, ao envelhecimento precoce, à supressão do sistema imunológico e ao desenvolvimento do câncer de pele. Os animais também sofrem com as consequências do aumento da radiação. Os raios ultravioletas prejudicam estágios iniciais do desenvolvimento de peixes, camarões, caranguejos e outras formas de vida aquáticas e reduz a produtividade do fitoplâncton, base da cadeia alimentar aquática, provocando desequilíbrios ambientais.
Diminuição do Ozônio
No início da década de 80 descobriu-se a queda acentuada na concentração do ozônio sobre o continente Antártico, fenômeno que se convencionou chamar de “buraco da Camada de Ozônio” (imagem da evolução na Home). A cada ano, nas últimas décadas, durante a primavera no Hemisfério Sul, as reações químicas envolvendo cloro e bromo fazem com que o ozônio na região polar do Sul seja destruído severamente, e por isso a grande importância das ações do Protocolo de Montreal, para proteção da Camada de Ozônio.
A área do buraco na Camada de Ozônio é determinada a partir de um mapa da camada total de ozônio. Ele é calculado a partir da área na Terra que é delimitada por uma linha com um valor constante de 220 unidades Dobson. O valor de 220 unidades Dobson é escolhido, uma vez que valores totais de ozônio inferiores a 220 unidades Dobson não foram encontrados nas observações históricas sobre a Antártica antes de 1979.
Veja no esquema didático da Figura 1 como a molécula de ozônio é destruída:
Figura 1
A seguir, na Figura 2, é possível visualizar a extensão da rarefação da Camada de Ozônio sobre a região da Antártica, na comparação entre os anos de 1979 e 2005, que aponta sua rápida degradação. A cor tendendo do azul para o violeta indica a baixa concentração de ozônio.
Figura 2
Fonte: National Aeronautics and Space Administration (NASA).
Já na Figura 3, abaixo, pode-se conferir imagem sobre o Polo Sul no dia 8 de setembro de 2019. Em roxo e azul estão as áreas que têm menos ozônio, enquanto em amarelo e vermelho, as que têm mais. Os melhores níveis de ozônio observados sob a Antártica em 2019, reforçam a importância das medidas positivas dos programas e projetos, como os realizados no Brasil, derivados do Protocolo de Montreal, que se tornou o acordo multilateral ambiental mais sucedido do mundo.
Figura 3
Concentração do Ozônio (Unidades Dobson)
Fonte: National Aeronautics and Space Administration (NASA).
Mais informações em: https://ozonewatch.gsfc.nasa.gov/