A Escola SENAI Visconde de Mauá, localizada em Porto Alegre (RS), parceira do Programa Brasileiro de Eliminação dos HCFCs (PBH), forma neste mês de fevereiro sua primeira turma de 2021 no curso de Boas Práticas em Sistemas de Ar Condicionado do tipo Janela e Mini-Split, e está com inscrições abertas para mais turmas, que estão programadas, inicialmente, até maio deste ano.
O curso, totalmente gratuito, ocorre no âmbito do Programa Brasileiro de Eliminação dos HCFCs (PBH) coordenado pelo governo brasileiro, por meio do Ministério do Meio Ambiente (MMA), sob a implementação da agência bilateral, parceira do PBH, a Cooperação Alemã para o Desenvolvimento Sustentável por meio da Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ) GmbH.
“Tivemos durante todo o ano passado bastante procura pelo curso de boas práticas do PBH, que é muito valorizado pelos técnicos. Mas, à época, só pudemos anotar os dados dos interessados, além de dizer que manteríamos contato e avisaríamos assim que pudéssemos voltar às atividades. Agora em janeiro, mesmo com a bandeira* Vermelha na cidade, pudemos retornar às aulas, cumprindo todos os protocolos de segurança”, explica o Rogério da Silva Basso, coordenador Técnico de Educação Profissional da Escola Senai Visconde de Mauá.
A primeira turma da escola já se formou e mais uma está prestes a se formar. “Nós abrimos a primeira turma, que se formou dia 10 de fevereiro, com 10 alunos, e já temos outra que se formará no dia 20 próximo, com 8 alunos. Na nossa programação, temos mais duas turmas programadas até maio, mas esse número pode aumentar, porque estamos trabalhando para abrir novas turmas em horários alternativos. Nosso objetivo é recuperar o ritmo das aulas, mas tudo depende da evolução da situação de pandemia”, diz Basso.
Segundo o coordenador, os técnicos de refrigeração com experiência na área, público-alvo desse curso, possuem uma demanda alta de atendimentos nesta época de verão, com calor intenso em Porto Alegre e região, e, por isso, é mais difícil disporem de tempo para estudar neste momento. “Muitos técnicos que nos procuraram durante o ano passado, quando retornamos as ligações, recebemos a devolutiva: ‘que no momento estão com uma alta demanda de atendimentos e não teriam agenda para executar o treinamento!’. Mesmo assim, conseguimos montar as novas turmas, com aulas à noite ou aos sábados, e estamos prospectando mais alunos individualmente ou por meio do contato com empresas da área, inclusive contatamos também técnicos que já foram alunos da escola e agora estão atuando no mercado”, afirma Basso.
Retorno às aulas com segurança
O professor Handerson Leão, feliz pelo retorno às aulas, conta que foi muito complicado para todos conviver com a suspensão das aulas no ano passado. “Toda a área de educação sofreu muito. Mas nós da área de refrigeração, que sabemos o valor do ensino profissional e a importância das aulas práticas, sofremos mais ainda os efeitos da pandemia, porque nós não possuímos muitas aulas teóricas que possam ser ministradas de forma on-line. Nossos alunos precisam ‘pôr a mão na massa’, ou seja, tocar nas ferramentas, como fazemos neste curso de Boas Práticas em Sistemas de Ar Condicionado do tipo Janela e Mini-Split, que une a parte prática e a teórica”. O curso orienta os técnicos a se tornarem melhores profissionais e, com isso, eles atuarem melhor no mercado de trabalho, impedindo vazamentos de fluidos, como os HCFCs, que agridem a Camada de Ozônio e causam consequências, inclusive, na saúde das pessoas.
A Escola Senai Visconde de Mauá em Porto Alegre, à exemplo de outras unidades, segue os protocolos de segurança à risca. O professor Leão conta que, devido à pandemia, teve de mudar, inclusive, suas orientações para os alunos durante as aulas. “Antes da pandemia, quando vinham turmas de alunos de uma ou mais empresas distintas, minha iniciativa era separar a turma da empresa, para que os técnicos pudessem conviver com outros colegas de profissão e, assim, eles tinham oportunidade de trocar mais experiências e informações. Agora, mudei de estratégia, para ampliar a segurança. Se tem uma turma de, por exemplo, 4 técnicos, de uma mesma empresa, que já trabalham juntos todo o tempo, diariamente, eu deixo esses alunos trabalharem próximos, mas separados dos outros, mantendo distanciamento apropriado. Infelizmente, agora temos de preservar esses nichos, para manter ainda mais a segurança”, explica Leão.
O professor Leão conta ainda que não é só na classe que é mantido o distanciamento. Ele também é mantido na hora dos intervalos do curso do PBH, na hora do cafezinho. “Tudo mudou com os protocolos. Agora, na hora do café, os lanches são servidos embalados e por um funcionário da escola e com todos mantendo o distanciamento, usando álcool gel, entre outros cuidados. Mesmo com todos os desafios impostos pela pandemia, estamos muito positivos com a volta das aulas presenciais. Esperamos poder trabalhar bem este ano, recuperando parte do tempo perdido no ano passado”, afirma.
Mais informações e inscrições:
SENAI VISCONDE DE MAUÁ – PORTO ALEGRE RS
Centro de Formação Profissional SENAI Visconde de Mauá
Fone: (51) 3904-2615
www.senairs.org.br
*Regras do Sistema Estadual de Distanciamento Controlado no Rio Grande do Sul, para prevenção da epidemia, com nível de distanciamento e protocolos, com bandeiras sinalizadas por cor (amarela, vermelha, laranja, etc.).