O segundo dia do evento contou com palestras sobre a Estratégia Brasileira para a Implementação da Emenda de Kigali e da Etapa III do Programa Brasileiro de Eliminação dos HCFCs (PBH – Projetos para o Setor de Serviços). Na foto os representantes do MMA/PNUD, GIZ e UNIDO, junto com o Diretor Executivo da ASBRAV, Marcelo Pereira (centro).
A sustentabilidade, com foco na eficiência energética e nas boas práticas em refrigeração, foi um dos principais temas do MERCOFRIO 2024 – 14º Congresso Internacional de Ar Condicionado, Refrigeração, Aquecimento e Ventilação, que aconteceu de 10 a 12 de setembro no Barra Shopping Sul, em Porto Alegre.
O presidente da ASBRAV, Mário Henrique Canale, destacou na abertura do evento a importância do MERCOFRIO como evento internacional, especialmente “para fortalecer a responsabilidade de todos do setor em relação ao meio ambiente”.
Com o tema “Futuro do Planeta: Transformações Tecnológicas e Responsabilidades do Universo AVAC-R”, o MERCOFRIO, organizado pela Associação Sul Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Aquecimento e Ventilação (ASBRAV), foi um sucesso, contando com grande participação do público (engenheiros/as, técnicos/as, especialistas, autoridades, empresários/as, entre outros).
O evento também contou com uma área de exposição onde empresas do setor apresentaram as mais recentes soluções tecnológicas para o mercado.
Emenda de Kigali
Na quarta-feira, 11 de setembro, segundo dia do evento, Frank Amorim, analista ambiental do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, apresentou a palestra: Estratégia Brasileira para a Implementação da Emenda de Kigali.
Ele explicou que atualmente o ministério, com apoio das agências implementadoras internacionais — Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (UNIDO) e Cooperação Alemã para o Desenvolvimento Sustentável por meio da Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ) GmbH —, está dando andamento à fase preparatória de implementação da Emenda no país.
“Esta fase, para a qual contamos com todo o apoio do setor AVAC-R, estabelecerá as bases para a elaboração da estratégia abrangente que nos guiará a redução do consumo dos Hidrofluorcarbonos (HFCs) no Brasil, como define a Emenda de Kigali ao Protocolo de Montreal, ratificada pelo País em outubro de 2022”, disse.
A Emenda de Kigali será implementada em etapas, entre os anos de 2024 e 2045, e resultará na redução de consumo de 80% da linha de base (ou linha de referência), definida em aproximadamente 79,5 milhões de toneladas de CO2eq, representando um avanço significativo no enfrentamento às mudanças do clima.
Segundo Frank Amorim, diversas reuniões e eventos estão sendo organizados para que ocorra a maior participação do setor privado e da sociedade civil, nesta fase. Entre eles, ele destacou a Reunião com a Diretoria da ASBRAV ocorrida na manhã do dia 11 (foto), além dos próximos eventos agendados: a Cerimônia de Comemoração do Dia Internacional para a Preservação da Camada de Ozônio, no dia 16 de setembro, e o Workshop de Preparação da Implementação da Emenda de Kigali, no dia 17 de setembro, ambos em São Paulo (SP).
“Estamos empenhados em fazer uma gestão bem participativa para obtermos dados e informações para a melhor elaboração da estratégia de implantação da Emenda de Kigali no país. A opinião do setor privado, por meio das suas associações, é fundamental, para o sucesso das ações que serão empreendidas nos próximos anos”, complementou.
Reunião das equipes do MMA/PNUD, UNIDO e GIZ com a diretoria da ASBRAV: boas sugestões do setor privado para a fase de preparação da implementação da Emenda de Kigali.
Etapa III do PBH
Na sequência da palestra de Frank Amorim, no mesmo dia 11, foi a vez de representantes das três agências implementadoras, parceiras do PBH, falarem ao público do congresso sobre a implementação da Etapa III do Programa Brasileiro de Eliminação dos HCFCs (PBH) – Projetos para o Setor de Serviços, que se iniciará no próximo ano (2025). Na palestra, o PNUD foi representado por Frank Amorim (em nome de Ana Paula Leal, ausente por motivo de doença); a UNIDO, representada por Sérgia Oliveira e Edgar Soares; e a GIZ, representada por Stefanie von Heinemann.
Esta terceira etapa do PBH contará com recursos da ordem US$ 36,5 milhões de dólares (conforme foi aprovado na 94ª Reunião do Comitê Executivo do Fundo Multilateral para a Implementação do Protocolo de Montreal – FML) para apoiar o país a alcançar a meta de eliminar em 100% o consumo de HCFCs até 2030. Adicionalmente, esta etapa tem também o objetivo de promover o uso seguro e eficiente de fluidos refrigerantes alternativos que não destruam a Camada de Ozônio, de baixo GWP e que proporcionem maior eficiência energética.
Os representantes das Agências Implementadoras do PBH abordaram as principais ações previstas para a Etapa III do PBH, além de fazerem um resumo dos resultados das Etapas I e II.
A seguir um resumo com os principais tópicos da Etapa III:
Recuperação, Reciclagem e Regeneração (R&R&R), com o fortalecimento de 6 Centros de Regeneração e Armazenamento (CRAs) e a ampliação com 3 novas unidades (projeto a ser implementado pelo PNUD);
Assistência Técnica para o Setor de Ar Condicionado Comercial e Industrial, com implementação de 62 projetos demonstrativos de tecnologias de maior eficiência energética e baixo GWP (projeto a ser implementado pelo PNUD);
Capacitação, Treinamento, Qualificação para a Contenção de Vazamentos e o Manejo Seguro de Fluidos Refrigerantes, incluindo o uso seguro de fluido alternativos de baixo GWP, com a capacitação de mais 4 mil técnicos em sistemas de refrigeração comercial e mais 9 mil técnicos em sistemas de ar condicionado split (projeto a ser implementado pela GIZ);
Projeto Piloto de Qualificação, Certificação e Registro (QCR) de técnicos/as em RAC no Brasil (projeto a ser implementado pela GIZ);
Capacitação e Treinamento para o Manejo Seguro de Fluidos Refrigerantes Uso Seguro de Fluido Alternativos de Baixo GWP Treinamento no setor de serviços em ar condicionado residencial e refrigeração comercial, em universidades brasileiras (projeto a ser implementado pela UNIDO);
Treinamento e qualificação sobre boas práticas no setor de serviços de refrigeração industrial
para uso seguro do R-717 como fluido alternativo ao HCFC-22 (projeto a ser implementado pela UNIDO);
Assistência Técnica para o Setor de Refrigeração Comercial e Industrial (projeto a ser implementado pela UNIDO).
Por Susana Ferraz, consultora de comunicação da GIZ, com apoio de Stefanie von Heinemann, consultora e gerente de projetos GIZ (fotos).
O Programa Brasileiro de Eliminação dos HCFCs (PBH), sob a coordenação do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, e a Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ) GmbH, por meio do Projeto Proklima, em parceria com a escola alemã Bundesfachschule Kälte-Klima-Technik (BFS), promoveram mais uma turma com 16 especialistas em refrigeração de diferentes estados brasileiros para o Cool Training 2024, realizado entre os dias 8 e 19 de julho, na sede da escola localizada em Maintal, na Alemanha.
A capacitação reuniu 16 profissionais de refrigeração de diferentes estados brasileiros, e abordou a aplicação segura e eficiente dos fluidos naturais (Dióxido de Carbono, Amônia e Propano) na refrigeração, com aulas teóricas e práticas, e contou com dois professores Reiner Mayers, especialista internacional que ministra aulas na BFS desde 2009, e Midas Mende, também especialista internacional, que ministra aulas na escola há dois anos. Para a gerente do projeto pela GIZ, Franziska Schmittner, que já acompanha o treinamento de brasileiros pela terceira vez, é muito gratificante poder contar com a presença de profissionais tão qualificados do Brasil para se capacitarem e trocarem experiências e conhecimentos durante o treinamento. “É muito importante poder contar com a presença de vocês nesse curso, para disseminar o conhecimento sobre os fluidos naturais na refrigeração, sobre sua aplicação e manuseio seguro, pois com o uso dessa tecnologia que construiremos o futuro da refrigeração e veremos o impacto positivo no meio ambiente e na preservação da Camada de Ozônio”, explica.
Franziska Schmittner falando com a turma Cool Training de 2024
O treinador e especialista internacional, Reiner Mayers, que é instrutor do Cool Training desde 2010, fala sobre ministrar o curso há mais de 13 anos. “É sempre muito interessante receber alunos de diferentes lugares do mundo, conhecemos diferentes opiniões e muita curiosidade, e nós aqui da escola, durante o ensinamento, fazemos de tudo para compartilhar nosso conhecimento e tirar todas as dúvidas possíveis nesse tempo.” Reiner também complementa a importância da troca com os brasileiros. “Geralmente os participantes do Brasil são muito disciplinados e já vêm com muito conhecimento, e aqui eles têm a oportunidade de ver a tecnologia usada pela Alemanha e os fluidos naturais sendo aplicados em diversos aparelhos, e praticar o manuseio deles é um importante complemento e eles saem daqui prontos para poderem replicar o que aprenderam”, conclui.
Para o treinador e especialista Midas Mende, foi uma experiência incrível trocar tanto conhecimento com a turma. “Antes de vir para cá, eu lecionava em Londres, foi o que fiz nos últimos 30 anos, mas lá as minhas turmas eram com alunos mais novos, recém-formados no ensino médio. Então, poder estar com uma turma de treinadores foi uma troca de experiência, e poder mostrar para eles o que fazemos aqui, como usamos o propano, e ouvir o que eles já conheciam do Brasil foi uma interação incrível”, finaliza.
Reiner Mayers, Franziska Schmittner e Midas Mende, da esquerda para a direita
Na turma brasileira deste ano, estiveram presentes duas mulheres e catorze homens para o treinamento, das instituições Centro Especialização Profissional (CESP/AM), Centro de Tecnologias do Gás e Energias Renováveis (CTGAS-ER/RN), Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia (IFBA), e do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) do Distrito Federal, Goiás, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, Santa Catarina, São Paulo, Rio Grande do Sul e Tocantins, que são escolas parceiras do PBH.
Sobre o Cool Training
O Cool Training para participantes do Brasil é uma capacitação internacional, organizada no âmbito do Programa Brasileiro de Eliminação dos HCFCs (PBH), coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), em cooperação com o programa PROKLIMA, da Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ) GmbH, que conta com o apoio do Ministério Federal da Cooperação Econômica e do Desenvolvimento (BMZ) da Alemanha.
Recentemente, foi lançada a versão em português do Cool Training On-line, curso totalmente gratuito e que pode ser feito por qualquer pessoa interessada em tecnologia de refrigeração verde (Green Cooling).
Os participantes do Cool Training 2024
Abaixo confira os depoimentos de todos os participantes do Cool Training 2024.
Alan Ferreira da Silva, instrutor do SENAI-SP
“Eu achei maravilhosa a experiência de estar aqui e poder ter feito o Cool Training, foi uma oportunidade ímpar. Aprendi muitas coisas, não só com os professores da escola, mas também com meus colegas que vieram também fazer o curso. Além do aprendizado recebido aqui e a oportunidade de conhecer e estudar a tecnologia aplicada na Alemanha, que muitas vezes não conseguimos ver no Brasil, é muito enriquecedor esse reforço do nosso conhecimento e saber que estamos indo pelo caminho certo com nossos estudos”.
Caio Alexandre Evangelista, instrutor do SENAI-MG
“Quando recebi o convite, uma expectativa foi criada para vir buscar conhecimento, e posso dizer que consegui atingir esse objetivo, principalmente no quesito dos fluidos naturais, o dióxido de carbono, a amônia e o propano. Aqui nós tivemos a oportunidade de ter contato, aprofundar o conhecimento teórico e poder ver na prática e manipular o fluido do propano. São oportunidades como essa que nos fazem crescer, e como sempre digo, já estou há 36 anos na área de refrigeração e sigo aprendendo. As tecnologias, as mudanças sempre serão um desafio, mas com estudo e conhecimento, nós vamos superando. Foi uma experiência muito valiosa e estou pronto para difundir meus conhecimentos para estudantes do SENAI e também para meus clientes que atendo pela minha empresa”.
Danilo Mendes Pereira, instrutor do SENAI-TO
“Antes mesmo de estar aqui, eu já estava muito feliz com o convite, de poder ter essa experiência internacional, de como a Alemanha trabalha com os fluidos naturais. Foram duas semanas muito gratificantes, os professores foram sempre muito atenciosos e sempre tirando nossas dúvidas. Agradeço demais pela oportunidade e por todo conhecimento adquirido aqui. E, uma coisa que vou levar comigo, foi que o professor Reiner falou ‘não subestimem o conhecimento de vocês, acreditem para chegar aonde querem chegar’.”
Dionatan Quadrado, instrutor do SENAI-RS
“A experiência foi fantástica, realmente muito boa. Toda a experiência que a gente leva daqui para o Brasil vai ser muito rica, todo o conhecimento, toda a prática, toda a expertise dos professores da Alemanha vão nos ajudar muito a difundir o conhecimento no Brasil. E, para mim, o material didático fornecido fez toda a diferença. Me identifiquei muito com o professor Midas Mende, na forma de passar o conhecimento, que ele foi muito didático”.
Fabrício Lohn, instrutor do SENAI-SC
“Foi uma grande experiência para a gente poder estar aqui, conhecendo a tecnologia de outro país, que está mais adiantada no quesito dos fluidos naturais do que o Brasil, e o que vimos aqui, com certeza é uma experiência que poderemos levar para as salas de aula, para os nossos alunos, e, também, com a teoria e prática aprendidas temos mais argumentos para ensinar os nossos alunos sobre esses fluidos”.
Jonas Lucas dos Reis Teixeira, instrutor do SENAI-SP
“Durante o período aqui do curso, me aprofundei mais sobre o dióxido de carbono, o propano e a amônia, e isso foi muito importante, pois vimos pontos que ainda não podemos ver no Brasil. E isso será muito enriquecedor, pois com o aprendizado aqui e somando com o fator da descarbonização e utilização de fluidos mais ecológicos e que não agridem o meio ambiente, agora poderei falar com mais propriedade sobre o assunto para passar esse conhecimento para os meus alunos”.
José Roberto Dantas de Oliveira Júnior, instrutor do CTGAS-ER (RN)
“As duas semanas de treinamento foram bastante intensas, e foi muito impactante, de uma forma bem positiva, tudo que vimos aqui. O curso foi muito proveitoso, poder ver as tecnologias usadas aqui e vivenciar práticas que ainda não vivemos no Brasil foi muito enriquecedor. Com certeza poderei disseminar o conhecimento aprendido aqui. Foi uma troca de experiências muito enriquecedora para nós treinadores, porque ao tempo que vimos o que eles aplicam aqui e ainda não aplicamos lá, também vimos que seguimos boas práticas que eles seguem aqui, e isso é muito importante”.
José Rogério da Silva Júnior, instrutor do SENAI-PE
“Para mim, o mais importante vivido aqui foi o intercâmbio de conhecimento sobre a tecnologia usada. Às vezes, recebemos a informação dessas tecnologias no Brasil, mas ela vem desacompanhada da fundamentação, e a parte teórica do curso aprendido aqui fundamenta a parte prática que fazemos em seguida, e isso se complementa muito bem. Já a respeito do uso de fluidos naturais no Brasil, ainda temos dificuldades em sua aplicação por questões de falta de informação, de técnicas erradas na prevenção de acidentes, e é fundamental estarmos sempre nos atualizando sobre essas práticas para poder contribuir na difusão desse conhecimento”.
Josué Floes Cabral, instrutor do SENAI-GO
“Bom, eu acho que foi um divisor de águas poder estar aqui nesse treinamento, pois além da estrutura que a escola oferece possibilitar que a gente possa conhecer a tecnologia aplicada aqui, é possível vermos na prática um sistema sustentável, que é benéfico para o meio ambiente. Aqui vi um novo mundo da refrigeração, que nos mostra outras possibilidades e que me mostrou que a teoria que tanto estudamos dos fluidos naturais realmente pode ser aplicada na prática, e é esse conhecimento que irei levar comigo”.
Luana Ribeiro Orlandini, instrutora do IFBA
“Todo treinamento que eu realizo é uma experiência nova, e aqui não foi diferente, mas digo que foi ainda melhor, pois tivemos a oportunidade de trocar muitas informações e experiências com os diferentes treinadores de vários lugares do Brasil e, também, com os profissionais de outro país, aqui da Alemanha. Para mim, a parte de manipular propano foi a mais importante, porque eu pensava que estávamos muito longe de poder usá-lo no Brasil, e conhecendo aqui a prática, vi que é possível. Claro que temos que tomar todos os cuidados para manipulá-lo, pois é um fluido inflamável, mas não é muito diferente dos outros fluidos, que temos que aplicar as boas práticas, e que já estão sendo utilizados no Brasil”.
Luanda Kívia de Oliveira Rodrigues, diretora-geral do IFBA
“A experiência foi fantástica, o curso em si foi muito bom, todo seu conteúdo teórico e prático foi muito enriquecedor. E as pessoas que estão aqui também fazendo o treinamento têm muito conhecimento, então foram duas semanas de aprendizado constante, não apenas no momento que estamos na escola, durante as aulas, mas também nos momentos de lazer, em que conversando com os colegas, pude absorver conhecimento e trocar experiências com pessoas de diferentes lugares do Brasil”.
Natanael Rodrigues da Silva, instrutor do CTGAS-ER (RN)
“Foi uma experiência única, que nem o dinheiro compra. Aqui foi possível aprender muito com os professores da escola, mas também tive a oportunidade de aprender com os colegas que vieram conosco. Tudo que aprendi aqui irei replicar para os meus alunos, o conhecimento aqui mostra que a refrigeração pode contribuir e muito para o meio ambiente, evitando o aquecimento global e a destruição da camada de ozônio”.
Renato Lourenço Ribeiro, instrutor do SENAI-DF
“Eu achei essa experiência sensacional. Eu não dominava muito a manipulação com amônia e dióxido de carbono, e poder ver na teoria e na prática isso aqui, foi realmente uma experiência sensacional em termos técnicos. Esse treinamento é uma iniciativa maravilhosa, trazer profissionais de outros estados do Brasil é muito enriquecedor, porque trocamos experiências entre nós e com os professores daqui. Tudo que foi aprendido durante o curso, irei replicar para os meus alunos, principalmente sobre os fluidos de dióxido de carbono e amônia, que estão chegando agora em Brasília, então com os estudos iniciados aqui, irei me aprofundar e já preparar meus alunos para esse futuro”.
Rodolfo de Castro França Cordovil, instrutor do CESP-AM
“O curso foi muito bom, foi um aproveitamento muito legal, as diferentes experiências trocadas aqui foram enriquecedoras. Durante as aulas, além do conteúdo, os professores compartilharam muitas histórias e experiências vividas, pois eles já praticam aqui há muitos anos o uso desses fluidos, e eles têm muito contexto teórico que se encaixa na prática e deixa tudo mais enriquecedor. Todo esse conhecimento e os conceitos aprendidos, irei levar para o Brasil para mostrar para os meus alunos como eles fazem total diferença em nosso dia a dia”.
Samuel Gonçalves da Silva, instrutor do SENAI-PE
“A minha visão abriu muito sobre o futuro da refrigeração e o uso dos fluidos refrigerantes naturais. Esse treinamento abriu nossa mente para que possamos aplicar as boas práticas desses novos fluidos em nosso país. No Brasil ainda não temos muito contato com o propano, e com a amônia é muito pouco, então aqui foi possível ter contato com essa metodologia dos fluidos muito completa, mostrando toda importância de seguir as boas práticas no manuseio desse fluido. Termos visto as demonstrações sobre o uso de todos esses fluidos foi algo muito enriquecedor”.
Valdemar Queiroz dos Santos, instrutor do SENAI-PB
“Foi sensacional esse período durante o curso, também foi muito enriquecedora a troca de experiência com a turma, de poder estar aqui e vivenciar essa experiência de outro país, mas o que foi muito importante foi juntar o conhecimento de outros/as técnicos/as do Brasil e dos professores aqui, isso foi fora do comum. Toda essa experiência agregou bastante conhecimento para mim, e com certeza, poderei levar tudo o que foi visto e aprendido aqui para meus alunos no Brasil”.
Na continuidade dos trabalhos da Fase Preparatória do Plano de Implantação da Emenda de Kigali no país (KIP), a Cooperação Alemã para o Desenvolvimento Sustentável, por meio da Deustche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ) GmbH, sob a coordenação do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), promove licitação para contratação de empresa de consultoria para coletar dados e elaborar diagnóstico de mercado sobre o setor de refrigeração e ar condicionado no país.
A empresa de consultoria ao realizar diagnóstico sobre os serviços de refrigeração e ar condicionado, também deverá fazer levantamento de dados sobre normas técnicas, legislação, esquemas de qualificação, certificação e registro (QCR), e padrões mínimos de eficiência energética disponíveis e aplicados no setor, conforme descrito no edital.
O contrato com a empresa de consultoria terá duração entre o período de 01/09/2024 a 31/01/2025, sendo previstos até 85 (oitenta e cinco) dias efetivos de trabalho. O prazo para finalização dos serviços está previsto para 15/12/2024.
Apresentação de propostas
As empresas de consultoria ou consultores/as (pessoa jurídica) interessados/as deverão apresentar propostas até o dia 16/08/2024, por e-mail, exclusivamente, para o endereço eletrônico br_quotation@giz.de, com o assunto: LIC24-34-17.2048.1-305.00-93469237-KIP. Importante: não copiar outros e-mails, porque invalida o envio.
No caso de dúvidas, enviar e-mail até o dia 27/07/2024 para duvida.licitacoes@giz.de, identificando o assunto.
A Escola Técnica SENAI SANTO AMARO, situada em Recife, sediou uma importante edição do Treinamento de Treinadores do Curso de Boas Práticas para Melhor Contenção de HCFC-22 em Sistemas de Refrigeração Comercial, de 25 a 29 de junho passado.
O treinamento, que contou com nove instrutores de quatro estados: Bahia, Pernambuco, Rio de Janeiro e Rondônia, ocorreu no âmbito do Programa Brasileiro de Eliminação dos HCFCs (PBH), coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), com implementação pela Cooperação Alemã para o Desenvolvimento Sustentável por meio da Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ) GmbH.
“Estamos muito felizes com a realização deste treinamento aqui na nossa escola. Essa parceria é muito importante para nós”, afirmou Mercia Rodrigues Farias da Silva, gerente escolar do SENAI SANTO AMARO, ao receber a equipe da GIZ que acompanhou todo o treinamento na escola. “É uma alegria ver o trabalho desenvolvido pelo programa, por meio da GIZ, que dá muita força para o setor de refrigeração e climatização no nosso estado”, complementou.
Stefanie von Heinemann, consultora e gerente de projetos da GIZ, na ocasião agradeceu à gerente escolar do SENAI SANTO AMARO, todo o apoio que tem sido dado à implantação dos cursos do PBH, e, em especial, a este treinamento. “O SENAI SANTO AMARO é um importante parceiro do nosso projeto para conseguir chegar ao aluno, ao técnico/a de campo, que pode fazer a diferença ao eliminar os vazamentos de HCFCs, beneficiando o meio ambiente, e, também, às empresas, que ganharão em eficiência energética”, disse Stefanie von Heinemann.
O treinamento em Recife foi ministrado pelo instrutor do SENAI SANTO AMARO José Rogério da Silva Júnior, que é professor da escola há mais de 30 anos nas áreas de mecânica industrial, refrigeração e automobilística. Durante todo o treinamento, contou como apoio técnico de Stefanie von Heinemann, e, também, com o auxílio do instrutor Samuel Gonçalves da Silva.
Novos cursos
Segundo a gerente Mercia Rodrigues, o SENAI SANTO AMARO é a maior unidade SENAI do estado e uma das maiores do país. “Hoje nós atuamos em 8 áreas (refrigeração-climatização, eletrotécnica, manutenção automotiva, eletrotécnica, mecatrônica, segurança do trabalho, edificações e mecânica-eletromecânica) e planejamos crescer com novas ações, entre elas, temos o desafio de autorizar e implementar o novo curso técnico de Refrigeração EAD, por exemplo”.
No caso dos cursos gratuitos de Boas Práticas em Refrigeração do PBH, a gerente informa que a escola formou, em 2023, cerca de 500 alunos. Quantidade semelhante de alunos que deve ser formada este ano, por meio de 30 turmas com 16 alunos cada. “Estamos com várias turmas planejadas aqui na nossa unidade e para o segundo semestre queremos também implementar os cursos do Programa no interior de Pernambuco, por meio de uma Unidade Móvel do SENAI. Assim expandiremos o conhecimento na área de Refrigeração também no Interior do Estado”, explicou.
Além disso, a gerente informa que deve ser realizada ainda este ano uma nova turma do curso de Boas Práticas para Melhor Contenção de HCFC-22 em Sistemas de Ar Condicionado do tipo Janela e Mini-Split exclusiva para técnicas mulheres. “Em consonância com as questões de gênero (ODS 5), e o Pacto Global da ONU (SENAI-PE é signatário), em outubro de 2023 fizemos uma turma exclusiva de mulheres no curso do PBH, em parceria com o Sindratar-PE, e este ano temos o desafio de realizar uma nova turma, provavelmente também no mês de outubro, na campanha Outubro Rosa”, anunciou.
Conheça a seguir os instrutores do PBH que participaram desta edição do “Treinamento dos Treinadores” e uma breve opinião deles sobre o treinamento.
José Rogério da Silva Júnior – Instrutor deste Treinamento dos Treinadores, com mais de 30 anos de SENAI, e formação de técnico de refrigeração com especializações em ciências/matemática e gestão ambiental, entre outros. Instrutor do SENAI SANTO AMARO.
“A experiência neste treinamento foi muito boa. Estamos entre professores, colegas, e isso facilitou muito o trabalho. A gente interage, fala de experiências e pontos de vistas. Este curso do PBH é muito bom. Eu já dei muitas aulas dele, e percebo sua importância pelos depoimentos dos ex-alunos (técnicos e empresários), que mudaram sua forma de trabalhar depois do curso, recolhendo fluidos, fazendo as boas práticas, e até investindo mais em equipamentos, como recolhedoras.”
Airton Alvez de Araújo – Instrutor do SENAI PE – Unidade Paulista, com uma carreira de mais de 45 anos de SENAI, incluindo atuação como instrutor de três edições internacionais da Olimpíada do Conhecimento.
“Achei muito bom o curso. É uma ótima iniciativa esse Treinamento, pois ainda têm muitos técnicos trabalhando de forma errada. Eles se negam a investir na profissão, em ferramentas e equipamentos, como uma recolhedora. Eu explico aos meus alunos que não há como ganhar dinheiro sem investir. Tem de investir!”
André dos Santos Silva – Instrutor do SENAI-RJ. Formação como técnico em refrigeração com pós em engenharia de climatização, entre outros.
“Esse novo treinamento foi muito bom, pois trouxe uma importante discussão de como se evitar vazamentos de fluidos refrigerantes na refrigeração comercial. A partir de agora tenho uma visão ainda mais crítica sobre o conceito de brasagem mais eficiente, para passar aos meus alunos.”
Arnaldo Dantas de Moura – Instrutor SENAI-RO. Formação como técnico em refrigeração, mecânica e manutenção de aeronaves.
“Foi muito bom este treinamento. Eu gosto muito da área de Refrigeração Comercial. É o que eu falo para os meus alunos, pois todo mundo quer trabalhar com Split. Mas, a refrigeração comercial é outro mundo, muito bom para se trabalhar, com menos mão de obra e menos risco (segurança) e possibilidade de maiores ganhos.”
Leonardo de Sousa Santana – Instrutor do SENAI SANTO AMARO. Formação como técnico de refrigeração, mestre em engenharia mecânica, entre outros.
“Gostei muito do Treinamento. É muito do que já praticamos aqui nas aulas, na nossa escola, mas com um tempo para podermos discutir e debater como alunos. Foi muito bom estar com os professores, das outras escolas, para conhecer suas experiências e trocar informações. Foi maravilhoso!”
Luiz Gustavo Duarte – Instrutor do IFBA – Instituto Federal da Bahia. Formação em engenharia mecânica com doutorado na área térmica.
“Achei bem interessante o Treinamento. Ele mostra a evolução das Boas Práticas e a maneira como os fundamentos estão sendo tratados, com objetividade. Eu vejo os alunos hoje acatando muito mais o conhecimento e aplicando. Temos muito contato com os ex-alunos, pelo intercâmbio com as empresas, e eles nos dão um retorno muito positivo.”
Mário Cordeiro de Morais Junior – Instrutor do SENAI SANTO AMARO. Formação como técnico em refrigeração, engenharia de produção, e especialista em educação tecnológica.
“Foi bem produtivo o treinamento, com a dinâmica do professor e a troca de informações com os colegas. Sempre tem novos conhecimentos, novas formas de explicar aos alunos, o que eu gosto muito, porque sou muito prático. O curso é muito bom, principalmente pelo foco na emissão dos gases (redução dos vazamentos).”
Matheus Fernando da Silva Cavalcanti – Instrutor do SENAI SANTO AMARO. Formação como técnico em refrigeração e climatização e geógrafo.
“O treinamento foi muito bom. Ele deu uma visão ampla e todo o contexto deste curso de boas práticas e como podemos transmitir melhor aos nossos alunos todas as técnicas a serem utilizadas (recolhimento, reaproveitamento, reciclagem). Além de toda a questão ambiental envolvida neste processo, e o seu impacto na vida das pessoas.”
Ricardo Cavalcante Ferreira – Instrutor do SENAI SANTO AMARO. Formação como técnico em refrigeração e climatização com pós em engenharia da produção.
“Achei o treinamento muito bom e a troca de informações com os colegas também. Atualmente, estou focado mais na área de climatização (ministrando cursos do PBH de Boas Práticas em Aparelhos de Ar Condicionado – Split), e esses novos conhecimentos de refrigeração comercial vieram para complementar minha formação.”
Samuel Gonçalves – Instrutor do SENAI SANTO AMARO. Formação como técnico em refrigeração e pedagogo.
“Esse treinamento foi mais uma boa oportunidade para ouvirmos novos pontos de vista dos colegas sobre a refrigeração e revermos pontos importantes da teoria. Cada professor tem sua experiência, e aqui pudemos trocar informações e falar sobre nossas experiências. Foi muito bom, ainda mais porque estou começando agora a ministrar os cursos do PBH aqui na escola.”
Curso gratuito
O curso de Boas Práticas para Melhor Contenção de HCFC-22 em Sistemas de Refrigeração Comercial, foco deste Treinamento de Treinadores, tem uma carga horária de 32 horas, é totalmente gratuito e ocorre para turmas de até 16 alunos/as e é ministrado em várias regiões do país. Veja relação de cursos do PBH e escolas parcerias.
Este treinamento contou com o importante apoio da gerente escolar Mercia Rodrigues Farias da Silva, da secretária acadêmica interina Sophia Costa Vieira, da secretária administrativa financeira Danielle Paiva de Pontes Araujo e, também, do coordenador pedagógico Raphael Barros de Santana.
Da equipe da GIZ, que acompanhou o treinamento, além de Stefanie von Heinemann, participou a assistente administrativa da GIZ, Ana Paula Macedo e a consultora de comunicação integrada, Susana Ferraz.
Mais informações e inscrições
Para mais informações e inscrições sobre os cursos gratuitos de Boas Práticas para Melhor Contenção de HCFC-22 em Sistemas de Refrigeração Comercial e Boas Práticas para Melhor Contenção de HCFC-22 em Sistemas de Ar Condicionado do tipo Janela e Mini-Split ministrados no SENAI SANTO AMARO contatar:
ESCOLA TÉCNICA SENAI SANTO AMARO
Av. Norte Miguel Arraes de Alencar, 539, Santo Amaro
CEP 50.040-200 – Recife – PE
SAC: 0800 600 9606 | www.pe.senai.br
Reportagem e fotos de Susana Ferraz, consultora de comunicação integrada da GIZ_PBH (Sete Estrelas Comunicação).
Nos dias 25 e 26 de junho, o Departamento Nacional de Refrigeração Comercial e Industrial da ABRAVA – Associação Brasileira de Refrigeração Ar-Condicionado, Ventilação e Aquecimento realizou o V Seminário de Refrigeração Comercial e Industrial que abordou o tema “Eficiência Energética e os Desafios da Refrigeração”, que trouxe para o seminário um olhar abrangente para que se obtenha a eficiência energética diante da refrigeração do ponto de vista econômico e sustentável, pois as palestras apontaram caminhos para melhores práticas, proporcionaram conhecimento de novas tecnologias, e informação técnica de qualidade.
Para Renato Majarão, presidente do DN Refrigeração da ABRAVA, “Quanto o tema é energia, penso que a energia mais limpa é aquela que não utilizamos, reduzir o uso é reduzir emissões, e este é o nosso desafio diante do setor da refrigeração. Vejo como missão cumprida ao entregar esse evento para o setor e para a associação. A qualidade das palestras apresentadas também se destaca, com cases, muitos exemplos de novas tecnologias e aplicações. A participação do público qualificado, como profissionais do setor, academia, parceiros e clientes finais. Chamo atenção ainda para as participações dos convidados especiais deste evento, representantes da FIESP, ENBPAR, ABRABE e BRF. Deixo aqui o convite, para quem não pode participar, que confira o seminário, que está disponível no canal youtube da ABRAVA”.
O Seminário cumpriu seu objetivo ao reunir e disseminar informações para empresas do setor de refrigeração industrial e comercial, profissionais que atuam nas áreas, setor cliente, academia, entre outros. O evento aconteceu de forma hibrida, no auditório da FIESP – Federação das Indústrias de São Paulo, e online pelo youtube, permitindo assim, cumprir a missão da ABRAVA de atuação nacional.
Na programação do V Seminário 16 palestras técnicas e convidados divididas em dois dias de evento, e quatro painéis encerrados com mesas-redondas, mediadas por Luiz Villaça, VP do DN Refrigeração.
A abertura do evento contou com a participação do Engº Arnaldo Basile, presidente executivo da ABRAVA, que destacou a importância do evento, na semana em que se comemora o Dia Internacional da Refrigeração, 26 de junho, que neste ano apresenta a temática “Temperature Matters”.
O Seminário contou com palestras dos convidados: Anícia Pio, da FIESP (Federação das Indústrias de São Paulo), que trouxe para o evento o tema “As mudanças climáticas e a segurança energética”; George Soares, do Procel/ENBPar (Empresa Brasileira de Participações em Energia Nuclear e Binacional) que abordou o tema “Avanços nas políticas públicas de eficiência energética em refrigeração e condicionamento de ar”; Cristiane Foja, da ABRABE (Associação Brasileira de Bebidas) com o tema “Eficiência Energética e Emissões no setor de Bebidas Alcoólica no Brasil”; e, Sammer Ceroni, da BRF Global.
As empresas patrocinadoras também estavam na grade do Seminário com palestras, são elas: Armacell, Chemours, Copeland, Danfoss, Ebmpapst, Evapco, Full Gauge, Jonhson Controls, Klimatix, Mayekawa, RAC e SANHUA. O evento contou ainda com o apoio das copatrocinadoras: Guntner, Mebrafe e Refrio.
O V Seminário de Refrigeração contou com a correalização do SINDRATAR SP, e apoio de diversas entidades dos setores representados, entre elas: ABIMAQ, ABNT, ABRABE, ABRAFAC, ABRAINC, ABRAMAN, ABRAVA Exporta, ABRINSTAL, ANAMACO, ANPRAC, ASBRAV, ASHRAE, BRASINDOOR, FEBRAVA, FEI, IBAPE, IBF, Instituto de Engenharia, e SMACNA.
Na continuidade dos trabalhos da Fase Preparatória do Plano de Implantação da Emenda de Kigali no país (KIP), coordenada pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), com apoio das agências implementadoras, PNUD, UNIDO e GIZ*, deu-se início a importantes reuniões setoriais, nos dias 18 e 19 de junho, com entidades do setor privado e da sociedade civil.
As primeiras entidades convidadas a apoiar o KIP foram ABRAVA, ELETROS, ICS e IEI**. Mas outras entidades também serão convidadas, por meio de novas reuniões setoriais, que estão sendo programadas nesta fase de preparação do plano que vai até dezembro deste ano. Entre as iniciativas previstas nesse período está um workshop, a ser realizado em setembro, em São Paulo (SP), e a formação de um grupo de trabalho.
Esta fase preparatória estabelecerá as bases para a elaboração da estratégia abrangente que guiará a redução do consumo dos Hidrofluorcarbonos (HFCs) no Brasil, como define a Emenda de Kigali ao Protocolo de Montreal, ratificada pelo País em outubro de 2022. A Emenda de Kigali será implementada em etapas, entre os anos de 2024 e 2045, e resultará na redução de consumo de 80% da linha de base, definida em aproximadamente 79,5 milhões de toneladas de CO2eq, representando um avanço significativo no enfrentamento às mudanças do clima.
Segundo Frank Amorim, Analista Ambiental do MMA, o objetivo das reuniões setoriais é unir esforços do setor público, setor privado, associações e instituições, organizações não governamentais, universidades e a sociedade civil, em geral, visando uma gestão participativa para a elaboração da estratégia de implantação da Emenda de Kigali no país. Além de Amorim, conduziram as reuniões setoriais, pelo MMA, as Analistas Ambientais Tatiana Oliveira e Gabriela Lira (conheça outros participantes destas primeiras reuniões setoriais ao final desta reportagem).
As reuniões setoriais realizadas debateram importantes pontos, como:
Aprovação da Etapa III do Programa Brasileiro de Eliminação dos HCFCs (PBH);
Apresentação do cronograma de trabalho de elaboração da estratégia global;
Apresentação do foco de trabalho das agências (PNUD, UNIDO e GIZ);
Expectativas do setor em relação à implementação da Emenda de Kigali (KIP) no Brasil;
Discussão sobre as estratégias para a coleta de dados para o KIP;
Apresentação da agenda proposta de “Seminário sobre a Implementação da Emenda de Kigali – Fase Preparatória”, programado para setembro de 2024, e convite para participação na mesa redonda e nos grupos temáticos;
Anúncio da criação pelo MMA do GT-HFCs ou GT-Kigali (nome a ser definido) e convite para participação de entidades setoriais.
Setor Privado
A primeira reunião setorial para a preparação do KIP foi realizada com a ABRAVA – Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento na manhã do dia 18 e reuniu cerca de 30 participantes (presentes e on-line), na sede da entidade em São Paulo (SP).
Na oportunidade, após a apresentação da pauta pelos integrantes do MMA e das agências implementadoras e de amplo debate, o presidente executivo da ABRAVA, Arnaldo Basile, afirmou sua disposição em apoiar a construção do plano para a implementação da Emenda de Kigali. “Muito obrigado por abrirem esse diálogo com o setor privado. Podem contar com a ABRAVA. Vamos criar um comitê especialmente para atender as demandas do KIP”, afirmou.
A segunda reunião setorial foi realizada no dia 18 à tarde, com a ELETROS – Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos, também na sua sede na zona Sul de São Paulo (SP).
Depois de ampla discussão da pauta, Renato Alves, diretor de Política Industrial – Linha Branca da ELETROS, também manifestou a disposição da entidade de apoiar o KIP. “As portas da ELETROS estão abertas, podem contar com a nossa colaboração!”, afirmou.
Sociedade Civil
A terceira reunião setorial foi realizada na manhã do dia 19 de junho, também na sede da ABRAVA, em São Paulo (SP), com as entidades ICS – Instituto Clima e Sociedade, representado por Victoria Santos, gerente de Energia e Indústria; e do IEI – International Energy Initiative, representada pelo seu diretor executivo, Rodolfo Gomes. Tanto a representado do ICS, como os representantes do IEI, prontamente se dispuseram a cooperar com o KIP, reforçando que se trata de uma oportunidade histórica de política setorial de longo prazo.
Durante a reunião, além da apresentação e discussão da pauta proposta pelo MMA, também houve uma apresentação do IEI sobre as iniciativas do instituto, em especial, em prol da aprovação da Emenda de Kigali, com a formação da Rede Kigali. Um dos pontos bastante debatidos foi a redução dos HFCs aliada ao aumento da eficiência energética dos equipamentos, em benefício de todos os consumidores.
Conheça mais alguns participantes dessas primeiras reuniões setoriais:
Agências implementadoras*:
– Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) – Agência líder – representada por Ana Paula Leal e Juliana Delgado, com apoio do consultor Roberto Peixoto
– Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (UNIDO) – representada por Sérgia Oliveira e Edgar Soares
– Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ) GmbH – representada por Stefanie von Heinemann e Mariana Silva
Entidades Setoriais (**)
– ABRAVA – Além de Arnaldo Basile, participaram diversos diretores da entidade, incluindo Thiago Pietrobon, representando o Departamento Nacional de Meio Ambiente da entidade.
– ELETROS – Além de Renato Alves, participaram Bruno Moreno, gerente de Sustentabilidade, e Thiago Rodrigues, diretor de Política Industrial – Linhas Ar-Condicionado e Marrom.
– ICS e IEI – Além de Victória Santos e Rodolfo Gomes, participou a consultora Suely Carvalho, consultora da Rede Kigali no Brasil
Reportagem e fotos de Susana Ferraz, Consultora de Comunicação Integrada da GIZ_PBH (Sete Estrelas Comunicação).
94ª Reunião do Comitê Executivo do Fundo Multilateral para a Implementação do Protocolo de Montreal – FML
A Etapa III do Programa Brasileiro de Eliminação dos HCFCs (PBH) foi aprovada na tarde de segunda-feira, 27/05/2024, durante a 94ª Reunião do Comitê Executivo do Fundo Multilateral para a Implementação do Protocolo de Montreal – FML, que ocorreu em Montreal, Canadá. Essa é a última etapa do PBH e conta com recursos da ordem de US$ 36,5 milhões de dólares para apoiar o país a alcançar a meta de eliminar em 100% o consumo de HCFCs até 2030.
Além da efetiva contribuição para proteger a camada de ozônio, com a implementação da Etapa III o Brasil evitará a emissão de mais de 19,5 milhões toneladas de CO2 equivalente para a atmosfera, trazendo efeitos benéficos para o regime climático global.
A estratégia para a Etapa III do PBH tem como foco atividades de conservação do quantitativo de HCFC-22 existente no país, seja regenerando, reciclando ou evitando o vazamento, de forma a manter estoque e evitar a substituição antecipada por fluidos refrigerantes de alto potencial de aquecimento global (GWP). Adicionalmente, com o objetivo de promover o uso seguro e eficiente de fluidos refrigerantes alternativos que não destruam a camada de ozônio, de baixo GWP e que proporcionem maior eficiência energética, serão implementados projetos voltados para treinamento de diferentes níveis de profissionais que atuam no setor de serviços, bem como prestação de assistência técnica para a execução de projetos demonstrativos com potencial de serem reproduzidos nos setores abordados, evitando conversões transitórias.
As atividades aprovadas se complementam e serão executadas em consonância e estreita colaboração entre a entidade coordenadora, o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), e as três agências implementadoras, Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), agência implementadora líder, Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (UNIDO) e Cooperação Alemã para o Desenvolvimento Sustentável por meio da Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ) GmbH.
O Protocolo de Montreal é um dos tratados ambientais mais bem sucedidos do mundo, responsável pela redução do consumo das Substâncias que Destroem a Camada de Ozônio (SDOs). O Brasil possui um histórico exitoso no cumprimento dos compromissos assumidos no âmbito do Protocolo de Montreal e, com a aprovação da Etapa III do PBH, o País seguirá contribuindo para a proteção da camada de ozônio pelos anos que virão.
O curso, produzido na Alemanha, trata das noções básicas em refrigeração e do manuseio seguro dos Fluidos Refrigerantes Naturais
Agora os/as profissionais do setor de refrigeração do Brasil (e de todos os países de língua portuguesa) e todas as pessoas interessadas em Refrigeração Verde (Green Cooling) podem entrar na plataforma ATINGI e realizar gratuitamente o novo curso Cool Training On-line em português.
Esta nova versão, na língua portuguesa, foi realizada no âmbito do Programa Brasileiro de Eliminação dos HCFCs (PBH), coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), em cooperação com o programa PROKLIMA, da Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ) GmbH, desenvolvedora do curso Cool Training (também disponível nas versões em inglês, francês e espanhol).
Objetivo do Curso
O curso Cool Training On-line tem como objetivo proporcionar conhecimentos básicos sobre a tecnologia de refrigeração e sobre as características e vantagens dos refrigerantes naturais, que não agridem o clima. No núcleo de cada seção do curso, há um vídeo com explicações detalhadas, que de forma simples proporciona o fácil entendimento sobre o tema. Os materiais adicionais, como um glossário técnico, questionários e vídeos adicionais, auxiliarão o aluno a internalizar o conteúdo do Cool Training.
Carga horária
Como se trata de um curso 100% on-line, onde o/a aluno/a se inscreve (a qualquer tempo) e o realiza de acordo com a sua agenda (sem tempo determinado), a carga horária depende do ritmo e do interesse do aluno, mas é estimada entre 120 e 180 minutos (2 a 3 horas). Além do curso, será realizado webinário em português (ao vivo) com especialista na área, totalmente online, de aproximadamente 90 minutos, para tirar dúvidas dos/as alunos/as sobre o curso.
Público-alvo
O curso Cool Training On-line é indicado para todos os profissionais do setor de refrigeração e climatização (técnicos/as, instrutores/as, engenheiros/as etc.), e representantes das Unidades Nacionais de Ozônio. Mas está disponível para qualquer pessoa interessada em tecnologia do resfriamento verde (Green Cooling). Todos/as podem cursá-lo, visto que nele são explicados os conceitos básicos da tecnologia de refrigeração.
Como se cadastrar – Passo a passo
Para realizar o curso Cool Training On-line em português, primeiro, o/a aluno/a deve se cadastrar na plataforma ATINGI, clicando em “register now for free”, conforme indicado abaixo.
Em seguida, deve preencher seu e-mail e escolher uma senha ou, também, pode acessar utilizando sua conta Google.
Após realizar o cadastro e login, na área interna é possível alterar o idioma para o português. Para iniciar o curso, basta digitar “Cool Training” na aba de busca, no canto superior direito, conforme imagem abaixo, e selecionar a opção “Cool Training (Português)”.
Pronto! Agora só realizar o curso. Para receber o certificado de conclusão, é necessário responder corretamente, ao menos, 80% das perguntas das partes 1 e 2 do curso, além de responder o formulário de feedback. Depois disso, seu certificado estará disponível na própria plataforma. Não há limites de vagas!
Refrigeração Verde
O programa Proklima, da GIZ, assim como o PBH, do Brasil, baseiam seu trabalho no Protocolo de Montreal e em sua Emenda de Kigali, pelos quais a comunidade internacional se comprometeu a eliminar os gases que destroem a Camada de Ozônio e a reduzir o uso de fluidos prejudiciais ao clima. Ambos os programas concentram importantes esforços em ações para a promoção das tecnologias de Refrigeração Verde, que optam por equipamentos energeticamente eficientes e fluidos refrigerantes naturais amigáveis ao clima, como propano, CO2 e amônia.
Conheça o conteúdo do curso
1ª Etapa – Noções básicas de refrigeração
A interação entre temperatura e pressão
Determinação da temperatura de evaporação
Determinação da temperatura de condensação
Escolha do fluido refrigerante adequado
Estrutura dos diagramas de pressão-entalpia
Circuito de refrigeração no diagrama de pressão-entalpia
Fatores que influenciam a carga de refrigeração
2ª Etapa Manuseio de Fluidos Refrigerantes Naturais
Instruções, regulamentos técnicos, designação e classificação de segurança de fluidos refrigerantes e etiquetagem
Manuseio de tubos de cobre e conexões
Métodos de detecção de vazamentos
Propano (R290), amônia (R717) e dióxido de carbono (R744) como fluidos refrigerantes
Aplicação de dióxido de carbono (R744) como fluido refrigerante
Fatores que influenciam a eficiência energética dos sistemas RAC
Segurança elétrica
Implicações ambientais do setor de refrigeração e a abordagem da Refrigeração Verde
Outras informações
Também há edições do curso Cool Training presenciais, realizadas pelo PBH/Proklima em Frankfurt, na Alemanha.
Durante o “V Encontro Nacional de Mulheres do Setor AVACR”, que reuniu mais de 100 profissionais, no dia 9 de março, na FATEC Itaquera, em São Paulo – SP, o presidente executivo da ABRAVA – Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento, Arnaldo Basile, enfatizou a importância do trabalho das mulheres para a evolução do setor e da sociedade brasileira.
No evento, Priscila Baioco, Arnaldo Basile e a Stefanie von Heinemann abordam importância do fortalecimento da parceria em prol da qualificação de profissionais, homens e mulheres, no setor.
Momentos antes da abertura do evento, ao se reunir com a Stefanie von Heinemann, consultora e gerente de projetos da GIZ, o engenheiro Arnaldo Basile elogiou o trabalho de capacitação realizado pelo Programa Brasileiro de Eliminação dos HCFCs (PBH), coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), com implementação da Cooperação Alemã para o Desenvolvimento Sustentável, por meio da Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ) GmbH, que já capacitou mais de 15 mil técnicos/as em todo o País com cursos de boas práticas em refrigeração e ar condicionado.
“O trabalho que vocês fazem (no PBH), em termos de capacitação de técnicos/as em todo o País, em parceria com as escolas técnicas, é excepcional. Queremos trabalhar ainda mais juntos (MMA, GIZ e ABRAVA) em novas frentes de visem a capacitação e o conhecimento. Juntos poderemos fazer muito mais”, afirmou.
A gerente da GIZ agradeceu o elogio do presidente e reafirmou a importância da parceria com a entidade nacional do setor de refrigeração. “A parceria que temos com a ABRAVA, desde o início do PBH, é importantíssima para nós. Ficamos muito felizes com o convite do presidente Basile para, após esse encontro, discutirmos novas ações conjuntas em benefício da capacitação de técnicos/as do setor, como, por exemplo, um futuro projeto de certificação, previsto para a Etapa III do PBH”, disse Stefanie.
Nova gestão
Nova liderança do Comitê de Mulheres da ABRAVA.
Durante o evento, tomou posse a nova liderança do Comitê de Mulheres da ABRAVA, que agora será presidido por Juliana Reinhardt, Head de Marketing da Trane para a América Latina. A nova gestão do Comitê de Mulheres da ABRAVA 2024/2025 conta ainda com as vice-presidentes: Ana Carolina Rodrigues (Copeland), Anna Cristina Dias (FATEC-SP), Bianca Alves (SENAI-SP), Camila Amaral (Cold Quality Climatização), Kedma Farsura (Danfoss), Laura de Vooght (Laura Ar-Condicionado).
Juliana Reinhardt dará continuidade ao trabalho realizado, com sucesso, na primeira gestão do Comitê, que foi presidida por Priscila Baioco, desde 2020. Priscila acaba de assumir o cargo de Diretora de Desenvolvimento Profissional da ABRAVA. “Agora, neste novo cargo, vou me empenhar pela capacitação de todos os profissionais do setor, homens e mulheres. E, como disse o presidente Arnaldo, vamos trabalhar para fortalecer a parceria com o PBH, por meio a GIZ”, afirmou.
Veja matéria completa sobre o V Encontro de Mulheres no Setor AVAC-R no site da ABRAVA.
Reportagem por Susana Ferraz, consultora de Comunicação Integrada da GIZ/PBH
Alunos, junto com membros das equipes SENAI e GIZ, no primeiro dia do curso no SENAI João Pessoa.
O SENAI – Centro de Formação Profissional Odilon Ribeiro Coutinho, localizado em João Pessoa (PB), formou na última sexta-feira, 8 de março, a primeira turma do curso de Boas Práticas para Melhor Contenção de HCFC-22 em Sistemas de Ar Condicionado do tipo Janela e Mini-Split e está com inscrições abertas para novas turmas. No total, serão formados 300 alunos no Estado da Paraíba, nas unidades SENAI de João Pessoa e Campina Grande.
O curso, totalmente gratuito, acontece no âmbito do Programa Brasileiro de Eliminação dos HCFCs (PBH), coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), com implementação da Cooperação Alemã para o Desenvolvimento Sustentável, por meio da Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ) GmbH.
As aulas da primeira turma (foto), neste curso do PBH no SENAI em João Pessoa, foram ministradas pelo instrutor João Alisson França da Silva, de 26 de fevereiro a 8 de março passado. A aula inaugural foi especialmente acompanhada por: Paulina Rodrigues, gerente do SENAI João Pessoa; Anayara Duarte da Silva Pereira, coordenadora pedagógica da escola; Stefanie von Heinemann, consultora e gerente de projetos da GIZ; e pelas equipes de comunicação das entidades.
“Ficamos muito felizes com a parceria com o PBH, porque ela proporcionou à nossa unidade um laboratório de refrigeração mais equipado e mais desenvolvido para receber nossos alunos aqui. Nossos ganhos foram gigantescos! Essa parceria com o PBH nos motivou muito a investir internamente, pelo potencial que vimos nos cursos para a área de refrigeração. Vamos transferir o laboratório atual (hoje localizado em área compartilhada) para um local exclusivo e bem maior, que terá novos equipamentos e acessórios. Nosso objetivo é até 2025, com um laboratório de refrigeração estruturado, podermos iniciar o curso de Técnico em Refrigeração aqui na escola, pois hoje esse curso só é ministrado na unidade de Campina Grande, aqui na Paraíba”, afirma a gerente Paulina Rodrigues, há doze anos trabalhando no Sistema SENAI.
Stefanie von Heinemann, consultora e gerente de projetos da GIZ, também reforçou a importância da parceria. “Gostei muito de conhecer pessoalmente a escola, que tem uma excelente equipe e um laboratório de refrigeração muito bem-organizado. Foi ótimo poder acompanhar a primeira turma e perceber tanto o professor como os alunos muito motivados na disseminação das boas práticas, que apoiam a eliminação dos vazamentos de HCFCs e a redução do consumo deste fluido. Para nós, essa parceria com o SENAI na Paraíba é muito importante. Contando com o SENAI Paraíba, os cursos do PBH já chegam a 17 estados do País”, afirma.
Segundo a coordenadora pedagógica da escola, Anayara Pereira, serão formados ao todo 300 profissionais no estado até 2025. “Nosso plano é formar 200 técnicos/as em João Pessoa, sendo 100 ainda neste ano de 2024. Mas, dependendo da procura, poderemos antecipar turmas. Os outros 100 alunos/as serão formados pela unidade SENAI de Campina Grande, onde as aulas estão previstas para iniciar ainda neste mês de março”, explica.
Primeira turma
A primeira turma do curso do PBH na unidade do SENAI em João Pessoa contou com 10 alunos, que tiveram aulas com o instrutor João Alisson no período noturno, das 18h30 às 22 horas.
O instrutor João Alisson ficou muito feliz com a chegada dos cursos do PBH ao estado e com a oportunidade de capacitar a primeira turma no SENAI João Pessoa. “A região é bastante carente no que diz respeito aos cursos da área de refrigeração, tanto o curso técnico profissionalizante quanto o de boas práticas. Então, instruir essa primeira turma sobre a importância que os alunos têm para a preservação do meio ambiente, para eles entenderem seu papel, é muito importante para nós. Muitas vezes, eles não têm noção do impacto que o trabalho deles (eliminando vazamentos de fluidos refrigerantes) pode causar na Camada de Ozônio e nas mudanças climáticas, e esse curso vem justamente para mostrar que se eles seguirem as boas práticas, conhecendo as ferramentas adequadas, eles fazem toda a diferença na proteção do meio ambiente”, afirma.
Veja a seguir depoimentos de alunos da 1ª. Turma do SENAI João Pessoa:
Jean Carlos da Silva Venâncio, 48 anos, técnico em refrigeração, há 23 anos atuando na área:
“Fiquei sabendo deste curso por meio de um grupo de colegas da refrigeração e vi como uma ótima oportunidade para poder me qualificar ainda mais. Esse curso de boas práticas é muito importante, porque muitas dessas informações sobre refrigeração são pouco divulgadas na nossa região. Aprendi muitas coisas novas e já estou recomendando o curso para vários colegas de profissão, que já até vieram fazer a inscrição para a próxima turma.”
Francionildo Chaves de Assis, 42 anos, técnico em refrigeração:
“Sou formado como técnico desde 2015, mas já atuava na área desde 2010. Fiquei sabendo do curso por meio de grupos de amigos da refrigeração que indicaram. Gostei do curso. É muito bom, porque nos traz conhecimento técnico, que podemos aplicar no dia a dia. Com a chegada de novas tecnologias e novos fluidos, é importante a gente se atualizar com todas essas informações. Conhecimento nunca é demais para ser adquirido.”
Airton Matheus de Souza Gomes, 26 anos, técnico de refrigeração, atuando na área há 12 anos, que fez o curso junto com seu pai, Jean Carlos:
“Esse curso é muito importante, porque temos o conhecimento, mas precisamos relembrar do que foi aprendido durante a formação. Gosto de falar que é bom reciclarmos o nosso conhecimento, conforme o mundo vai se atualizando, porque precisamos nos atualizar também. Eu já conhecia sobre os impactos da área de refrigeração no meio ambiente, conhecendo os produtos que infelizmente prejudicam a Camada de Ozônio, mas neste curso a gente aprende como mexer com eles da forma correta, e isso que é muito importante.”
Inscrições
Este curso do PBH, tem uma carga horária de 32 horas, é totalmente gratuito e ocorre para turmas de até 16 alunos/as. Para se inscrever no SENAI João Pessoa os/as candidatos/as devem ter, no mínimo, 18 anos de idade, três anos de experiência na área de refrigeração. Também devem ter cursado até o 6º ano do ensino fundamental. No ato da inscrição é necessário apresentar documentos pessoais como RG, CPF e comprovante de residência e de escolaridade.